Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul se manifestaram nesta quinta-feira (24) sobre o início da guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Em comum, todos criticaram o conflito armado e pediram por uma solução diplomática e o estabelecimento da paz imediata.
Os parlamentares se dividiram sobre o comportamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que esteve reunido com o presidente da Rússia dias antes do conflito.
Pedro Kemp (PT) considerou como desastrosa a política externa do governo Bolsonaro. “Primeiro, afagava os EUA, quando seu aliado Donald Trump estava no poder. Agora, faz um aceno à Rússia, que está num conflito com os americanos e seus aliados. Na verdade, não tem uma posição firme de defesa da soberania e dos interesses do Brasil”, discursou.
Amarildo Cruz (PT) classificou a invasão como sendo um grande equívoco. “Eu condeno qualquer tipo de invasão, falta de respeito à soberania seja de quem quer que seja. Os povos têm direito de se organizar e ser diretor de respeitabilidade e autonomia e democracia”.
Em defesa do presidente da República, Jair Bolsonaro, o deputado Coronel David (Sem Partido) apontou que a fala sobre solidariedade de Bolsonaro foi distorcida. “A fala do presidente foi distorcida. Quando esteve na Rússia, ao lado de Vladimir Putin, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil é solidário aos “países que se empenham pela paz” e defendeu a soberania dos Estados, o respeito ao direito internacional e à Carta das Nações Unidas. Ele defendeu, em várias oportunidades, que ele sempre torcia pelo diálogo entre as nações para evitar conflitos bélicos”.
Outro que também se posicionou em favor do presidente do Brasil foi Antônio Vaz (Republicanos). O parlamentar afirmou que o presidente brasileiro foi bem claro quando disse ser a favor da paz. “Em momento nenhum, Bolsonaro disse que seria solidário a Putin no tocante à invasão à Ucrânia”.
Nesse mesmo sentido o deputado João Henrique Catan (PL) afirmou que, quando Bolsonaro visitou a Rússia, os entendimentos eram de paz. “Quando Bolsonaro estava na Rússia, os entendimentos solidários eram de paz, este é um ponto que precisa ser abordado. Sem prejudicar os tratados e acordos internacionais, o que o presidente Bolsonaro pode fazer é reforçar entendimentos de paz e a busca de soluções pacíficas preservando a soberania dos dois países”.
Jamilson Name (Sem Partido) disse ser contrário a qualquer tipo de violência. “Sou contrário a guerra, invasão, é preciso ter conversa, diálogo, existe política internacional para isso, sou contra qualquer ato de violência”.
Evander Vendramini (PP) afirmou que toda guerra deve ser repudiada. “Devemos sempre buscar resolver os conflitos com diálogo e diplomacia”.
Paulo Duarte (MDB) cobrou uma posição do Governo Brasileiro e considerou que tudo o que o Brasil não precisa é instigar essa guerra. “O Governo Brasileiro deveria adotar uma posição diplomática pela paz”.
