31.8 C
Campo Grande
quarta-feira, 2 de abril, 2025
spot_img

Deputados pedem força-tarefa para combater violência doméstica em Dourados

Os deputados Caravina (PSDB) e Lia Nogueira (PSDB) pediram ao Governo do Estado mais ações da Segurança Pública para a erradicação de casos de feminicídio e combate à violência doméstica em Dourados. Eles pedem uma força-tarefa semelhante à que foi feita com grupos de trabalho para Campo Grande.

Caravina apresentou requerimento questionando a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sobre quantos boletins de ocorrência se encontram represados em Dourados, ou seja, sem o encaminhamento para instauração de inquérito ou requerimento de medidas protetivas.

“Há grupos de trabalho para atender Dourados como há em Campo Grande? A situação de violência doméstica em Dourados está pior que em Campo Grande, proporcionalmente. Antes de vir debater mais um feminicídio temos que alertar a situação grave. Estamos com questão de concurso e efetivo, então vamos pedir, porque não estou culpando os policiais, é difícil dar conta de tudo, mas precisa ser feita uma força-tarefa, olhar quais casos tem chances reais de evoluir para mais graves”, explicou.

A deputada Lia Nogueira contou que recebeu devolutiva da Sejusp sobre requerimento apresentado no início do ano quanto ao Programa Mulher Mais Segura, da Polícia Militar. “A resposta não traz dados claros sobre o funcionamento no interior do estado e de que forma isso acontece. Quantos policiais estão para cumprir as medidas protetivas? O primeiro caso de feminicídio foi em Caarapó, que faltava efetivo para evitar que o rapaz chegasse perto dela”, lamentou a parlamentar.

Ainda de acordo com Lia, a resposta não apresentou valores de dotação orçamentária para a efetivação do programa. “A periodicidade das rondas também não foi respondida. Fica difícil a gente trabalhar, para saber o que realmente está acontecendo. Outro dado preocupante foi que em dez anos, conforme pesquisa, cinco cidades do estado configuram com dados alarmantes no Mapa da Violência. A primeira Campo Grande e a segunda é Dourados. Não podemos somente encarar como números. Não temos DEAM no interior, isso não é custo, é investimento na vida.  Dourados também é uma cidade com alto índice de violência contra mulheres indígenas”, destacou.

Acompanhe os requerimentos pelo Sistema Legislativo clicando aqui.

Fale com a Redação