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quarta-feira, 6 de novembro, 2024
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Desembargadores investigados na ‘Ultima Ratio’ têm tornozeleiras eletrônicas instaladas

Os cinco desembargadores afastados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e investigados por venderem sentenças em um esquema que envolvia advogados, servidores, empresários e políticos, colocaram na terça-feira (05) a tornozeleira eletrônica, conforme determinou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) há 12 dias, quando foi deflagrada a Operação Ultima Ratio, revelando o esquema fraudulento.

A confirmação da instalação do equipamento de monitoramento eletrônico foi da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio de nota à imprensa, reforçando que o processo corre em segredo de justiça. As tornozeleiras foram colocadas durante o plantão da equipe Unidade Mista de Monitoramento Virtual. Além dos desembargadores, outros dois investigados no caso também colocaram os objetos.

A ordem para as instalações das tornozeleiras eletrônicas partiu do ministro Francisco Falcão, no dia 24 de outubro, contra os desembargadores Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sérgio Fernandes Martins e Sideni Soncini Pimentel, os dois últimos, presidente atual do TJMS e o presidente eleito para o biênio 2025/2026, respectivamente.

O conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas de MS), Osmar Jeronymo, e o sobrinho dele, que é servidor do TJMS, também já instalaram a tornozeleira. As medidas restritivas foram a alternativa encontrada pelo ministro para evitar a prisão do grupo, que chegou a ser solicitada pela Polícia Federal, responsável pela investigação do caso. Os desembargadores estão ainda impedidos de acessar a sede do TJMS e ter contato com outros envolvidos.

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