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sábado, 21 de dezembro, 2024
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Dia D contra a dengue: Ministra da Saúde alerta contra riscos da dengue

Prevenção poderá reduzir total de casos no próximo verão

A prevenção contra a dengue é uma responsabilidade de todos. Quanto maior for o esforço agora, menos pessoas adoecerão no próximo verão. Essa foi a mensagem da ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a mobilização do Dia D contra a Dengue, realizada neste sábado (14) no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.

“Cada um de nós tem responsabilidades. 75% dos focos [do mosquito] estão em nossas casas ou no entorno delas. Precisamos conversar com as comunidades e alertar sobre como se proteger da dengue”, afirmou a ministra, agradecendo aos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo empenho diário no combate à doença.

Nísia Trindade destacou que as autoridades sanitárias estão constantemente estudando a previsão de incidência da dengue para o próximo verão. “Sabemos que, quanto mais fizermos agora, mais reduziremos os casos. Provavelmente enfrentaremos um número alto de casos devido às temperaturas elevadas e às chuvas, mas o esforço atual é para minimizar essa situação”, explicou.

A ministra ainda alertou para uma possível concentração de casos nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, devido à falta de exposição anterior a alguns sorotipos do vírus. Ela lembrou que o controle da zika e da chikungunya — transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti — também é fundamental.

Mobilização e ações preventivas

A dengue é causada por um vírus transmitido pelo Aedes aegypti, que se reproduz em água parada. A mobilização do Dia D visa conscientizar a população e os agentes públicos sobre medidas simples para eliminar criadouros do mosquito, como tampar caixas d’água, limpar calhas e fechar bem os sacos de lixo.

Nísia ressaltou a importância do comprometimento das administrações municipais com a continuidade das ações de prevenção, especialmente em períodos de transição de governo após as eleições de 2024. “As prefeituras não devem deixar o lixo urbano e a água acumularem”, disse. “A dengue está aumentando globalmente devido às mudanças climáticas. Já temos casos em 200 países e, no Brasil, até na Região Sul, onde antes não havia.”

Sinais de alerta e atendimento

A ministra também enfatizou que, ao surgirem sintomas como febre alta, manchas vermelhas no corpo e dor atrás dos olhos, é essencial procurar uma unidade de saúde. Estados e municípios devem estar preparados para atender à população com rapidez e eficiência.

“A dengue não é uma doença para matar. Com hidratação e cuidados adequados, evitamos o pior”, destacou Nísia Trindade.

Em 2024, os estados com maior incidência de dengue foram Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná. Contudo, especialistas apontam um crescimento gradual de casos graves e óbitos em São Paulo e Minas Gerais.

Quem está mais em risco

A faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos, com as mulheres representando 55% dos casos. Grupos vulneráveis, como idosos, bebês, grávidas e pessoas com doenças preexistentes, têm maior risco de complicações.

Os sintomas iniciais incluem febre alta, dor de cabeça, fadiga e dores musculares. Se, entre o terceiro e o sétimo dia, surgirem vômitos, dor abdominal ou sangramentos, a situação pode estar se agravando.

Não há tratamento específico para a dengue. Automedicação deve ser evitada, pois alguns medicamentos, como certos analgésicos e anti-inflamatórios, podem piorar hemorragias.

O esforço conjunto e ações preventivas imediatas são essenciais para controlar a dengue e evitar uma epidemia mais grave no próximo verão.

*com informações AB

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