Nesta sexta-feira, 14 de agosto, é comemorado o “Dia do Cardiologista”. A data foi estipulada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em 2007, como forma de valorizar a especialidade junto à sociedade civil e, também, lembrar das recomendações dos profissionais sobre a importância de manter hábitos de vida saudáveis para o coração e para saúde, como um todo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 30% dos óbitos registrados no Brasil são em decorrência de doenças cardiovasculares, como a hipertensão, que atinge mais de 30 milhões de brasileiros. Parte dessas doenças não tem cura. Contudo, podem ser tratadas ou, até mesmo, evitadas. O médico cardiologista é preparado para determinar quais os melhores métodos para cada paciente.
A médica cardiologista Rita de Cássia Amaral Pinheiro, que atua na Cassems, explica que o principal desafio da cardiologia é a redução de óbitos por doenças cardiovasculares, que têm sido a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. “Atualmente, durante a pandemia da Covid-19, o número de óbitos em domicílio por doenças cardiovasculares aumentou 30%, principalmente pelo receio dos pacientes de procurarem as unidades de saúde”.
Rita de Cássia explica que, mesmo com o cenário de pandemia, é necessário buscar assistência à saúde para tratar as patologias do coração, principalmente em casos emergenciais. “Apesar de os cardiopatas pertencerem ao grupo de risco para a infecção, estes não podem subestimar sintomas como dor no peito, desmaio, falta de ar e devem, sempre, procurar atendimento médico, seja ele ambulatorial ou hospitalar”.
De acordo com a cardiologista, não existe um consenso sobre idade limite para buscar um cardiologista e fazer acompanhamento médico. “O paciente deve procurar o mais precoce possível, principalmente se apresentar alguma comorbidade, histórico familiar de doenças do coração e sintomas relacionados a parte cardíaca como dor no peito, falta de ar e
palpitações”.
Uma das principais patologias que dizem respeito à especialidade da Cardiologia é a hipertensão arterial. Para Rita de Cássia, existe possibilidade de tratamento, ao fazer a prevenção em saúde. “As orientações gerais para pacientes hipertensos são a adesão ao tratamento medicamentoso, evitar o abuso de álcool, reduzir a ingesta de sal, controlar a obesidade, priorizar uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente, sempre com orientação de um profissional capacitado”.
O sobrepeso, sedentarismo e tabagismo também aumentam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, conforme aponta a cardiologista. “O Brasil ocupa o 4° lugar entre os países com maior prevalência de sobrepeso e obesidade. A perda de peso, assim como a prática de atividades físicas ajudam a regular os níveis de pressão arterial, colesterol e glicose. Em relação ao tabagismo, existem tratamentos seguros antitabaco, os quais devem ser encorajados durante a avaliação médica”.
Rita de Cássia salienta que a prevenção é fundamental para preservar uma boa saúde do coração. “É preciso prevenir os fatores de risco, como obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e dislipidemia. Assim, reduz a chance de eventos cardiovasculares futuros, como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico, entre outros”.
Sarah Santos / Ascom