Nesta quarta-feira (19) é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. A data marca o aniversário do registro das primeiras imagens feitas no Brasil pelo italiano radicado Afonso Segreto, em 1898. No vídeo em pauta, ele registrou a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ).
Passados 126 anos desde então, o cinema nacional se desenvolveu brilhantemente, com atores e autores importantes que conseguiram colocar a indústria audiovisual entre as mais renomadas do mundo.
Dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema) apontam que em 2023 foram 161 longas-metragens nacionais e 254 estrangeiros estreando nos cinemas brasileiros, um total de 415 estreias – 8% superior ao ano anterior.
Para marcar a data de hoje, o site Enfoque MS traz uma lista com cinco filmes nacionais considerados como os mais importantes da história do cinema brasileiro:
- Limite (1931)
O filme conta a história de duas mulheres e um homem que estão em um pequeno barco à deriva e relembram o passado recente. Uma das mulheres escapou da prisão; a outra estava desesperada; e o homem tinha perdido sua amante. Cansados, eles param de remar e se conformam com a morte.
A produção é de Mário Peixoto e o elenco é composto por Olga Breno, Taciana Rey, Raul Schnoor. O drama foi eleito um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
- Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
O drama apresenta Manuel, um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes e acaba matando-o em uma briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços e foge com sua esposa Rosa, juntando-se aos seguidores do beato Sebastião, que promete o fim de qualquer sofrimento. Porém, ao presenciar a morte de uma criança, Rosa mata o beato. Enquanto isso, Antônio das Mortes, um matador de aluguel que presta serviço à Igreja Católica e aos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.
A produção é de Glauber Rocha e tem no elenco Geraldo Del Rey, Lidio Silva e Othon Bastos. E considerada um marco do cinema novo e concorreu ao Grand Prix no Festival de Cannes.
- Eles Não Usam Black-tie (1981)
Na trama, Otávio é um militante sindical que organiza um movimento grevista para resistir às práticas exploradoras de uma metalúrgica, na qual seu filho Tião também trabalha. Mas, com a namorada grávida, o jovem resiste à greve para não perder o emprego.
A direção é de Leon Hirszman, que levou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza. O elenco conta com Gianfranceso Guarnieri, Milton Gonçalves e Fernanda Montenegro.
- Central do Brasil (1998)
O filme traz Dora, uma ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, que ditam o que querem contar às suas famílias. Ela embolsa o dinheiro sem sequer postar as cartas. Um dia, Josué, o filho de nove anos de uma de suas clientes, acaba sozinho quando a mãe é morta em um acidente de ônibus. Ela reluta em cuidar do menino, mas se junta a ele em uma viagem pelo interior do Nordeste em busca do pai de Josué, que ele nunca conheceu.
A produção é de Walter Salles e entrou para a história do cinema nacional, recebendo diversas indicações a prêmios importantes como Oscar, César, Bafta, Globo de Ouro e mais. O elenco tem Fernanda Montenegro, Vinícius de Oliveira e Marília Pêra.
- Cidade de Deus (2002)
O filme segue Buscapé, um jovem pobre que cresceu em um universo de muita violência. Ele vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos do Rio. Com o intuito de fugir dessa realidade, Buscapé se dedica à fotografia. É por meio de seu olhar atrás da câmera que ele analisa o dia a dia da favela em que vive.
A produção é de Fernando Meirelles e Kátia Lund, recebeu quatro indicações ao Oscar. O elenco tem Alexandre Rodrigues, Alice Braga e Douglas Silva.