Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) aderiram ao indicativo da greve nacional da categoria, segundo informou a Associação dos Docentes da UFMS (Adufms). A ameaça de paralisação está sendo orquestrada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) em decorrência da não negociação salarial com o Governo Federal. As partes vêm tentando um acordo desde o dia 18 de janeiro.
Para tentar entrar em acordo com o Governo, a categoria fez uma grande mobilização nacional no dia 16, com ato unificado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A partir daí, iniciou-se uma vigília para pressionar pela negociação, com previsão de paralisação por tempo indeterminado caso ela não ocorra. Até o momento, não houve disposição por parte da gestão de Jair Bolsonaro e de seu ministro Paulo Guedes em negociar.
As tentativas de diálogo com o governo têm ocorrido desde o dia 18 de janeiro, quando foi protocolado um documento com uma série de reivindicações do Fonasefe ao Ministério da Economia. No dia 8 de fevereiro, o Fórum protocolou mais um ofício, desta vez em conjunto com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). Ambos não tiveram resposta.
Aidna conforme a nota da Adufms, embora o Governo alegue falta de recursos, foi aprovado 16,2 bilhões de reais no orçamento anual para as emendas de relator, ou seja, para a liberação de verbas para parlamentares – também conhecidas como “orçamento secreto”, por não exigirem identificação de quem solicitou a verba, e que na prática servem como troca de favores ou benefício para aliados.