Os dois empresários de Campo Grande presos por receptação foram soltos nesta quinta-feira (07), após pagarem a fiança de R$ 14 mil, cada um. A dupla, sendo um deles proprietário de uma rede de conveniências famosa do centro da cidade e o outro dono de uma rede de chiparia, são investigados por um esquema que envolve a revenda de produtos furtados.
Ao passar pela audiência de custódia, o juiz Valter Tadeu Carvalho concedeu a liberdade provisória mediante a fiança na ordem correspondente ao valor de 10 salários mínimos, resultando em R$ 14.120,00, cada.
Ainda nas medidas impostas para a soltura, o juiz determinou que ambos deverão comparecer a todos os atos do processo, manter seus endereços atualizados e não poderão deixar suas residências por mais de oito dias sem comunicação prévia.
Os empresários foram presos em flagrante na quarta-feira (6), após equipes da Polícia Civil encontrarem produtos roubados nos estabelecimentos administrados pela dupla. Na delegacia, somente o dono da chiparia falou com o delegado responsável pelo caso.
Ele contou que o filho havia comprado a mercadoria e que não sabia que poderia ser roubada. O dono da rede de conveniência já foi preso em 2021 por vender produtos ilegais para o consumo.
O caso
Segundo a polícia, os empresários foram presos como consequência de uma investigação que começou em 11 de setembro, quando uma empresa de amidos de Ponta Porã alegou ter sido vítima de um golpe envolvendo a venda não paga de féculas de mandioca.
Os golpistas usaram dados de um supermercado de outro município de Mato Grosso do Sul para comprar 24.000 quilos de fécula no valor de R$ 73.920, usando um site e e-mail falsos, e teria contratado um freteiro que transportou em um caminhão.
Logo, iniciou-se uma investigação e os policiais encontraram a fécula de mandioca em duas conveniências na Avenida Calógeras e em uma chiparia, no bairro Guanandi, em Campo Grande. A mercadoria estava pronta para comercialização, abaixo do preço de mercado.
Ainda conforme a Polícia Civil, outra empresa de fecularia, localizada em Ivinhema, também foi vítima de um golpe semelhante. Por isso, há suspeita de que os golpistas distribuíram os produtos para os mesmos revendedores.
As equipes da 3ª Delegacia de Polícia Civil realizaram diligências nas conveniências e na chiparia e encontraram os sacos de fécula roubados e prenderam dois proprietários em flagrante. Eles apresentaram documentos das transações fraudulentas.
