Passagem do técnico foi marcada por falta de critério, promessa, esquema questionado e mais. Confira!
O treinador deixa o comando da equipe após 16 jogos, tendo sete vitórias, sete empates e duas derrotas, um aproveitamento de quase 60%. A CNN lista alguns casos envolvendo Dorival que deram o que falar.
Escalação contra a Argentina
A goleada sofrida pela Argentina por 4 a 1 nesta semana, em Buenos Aires, foi o estopim para que a CBF reavaliasse a rota do Brasil e escolhesse pela mudança de comando.
No clássico sul-americano, Dorival foi questionado por conta da formação utilizada, com dois volantes e quatro atacantes flutuando no setor ofensivo.
Para muitos, Dorival expôs a Seleção diante de uma Argentina líder, já garantida na Copa e com uma formação que deu amplo domínio no jogo. As mexidas entre jogadores da mesma posição não surtiram efeito e a falta de padrão tático foi um ponto de alerta.
Neymar e mais 10
Antes dos dois compromissos da última Data Fifa, Dorival afirmou que pensou em uma equipe com Neymar, mas o corte do jogador fez com que ele mudasse os planos da Seleção.
“Antes da convocação, tentamos desenhar formatos. Pensamos em um contexto com Neymar, mas com a lesão, mudamos algumas coisas. Foi o 21º corte em seis convocações. No setor de meio-campo e ataque ainda tenho algumas dúvidas”, comentou Dorival, em coletiva antes do jogo contra a Colômbia
A convocação de Neymar foi questionada por muitos. Dorival via o camisa 10 como pilar da equipe, mesmo com o craque se recuperando de seguidas lesões que o afastaram da Seleção por mais de um ano.
Endrick sem espaço
A relação de Endrick dentro da Seleção pode ser encarada como falta de critério de Dorival Júnior na formação do ataque brasileiro.
Com a pouca minutagem do jovem com a camisa amarela, o técnico falava em “ter paciência e dar tempo” sempre que era questionado sobre o motivo de Endrick não ser tão utilizado.
Na goleada para a Argentina, Endrick jogou todo o segundo tempo e, assim como os demais, pouco fez em campo. Para muitos, o ex-Palmeiras acabou entrando na fogueira.
O mesmo cenário aconteceu na Copa América. Endrick entrou em campo apenas quando Vinicius Jr, suspenso, não pôde entrar em campo, nas quartas contra o Uruguai.
Dorival fora da rodinha
Aliás, o duelo contra os uruguaios na Copa América marcou a eliminação na competição, e uma cena chamou a atenção de todos que acompanhavam a transmissão do confronto.
Antes da disputa de pênaltis, os jogadores se reuniram em uma roda no gramado, junto do auxiliar Lucas Silvestre. Dorival tentava se encaixar entre os atletas, coçava a cabeça, mas parecia estar escanteado..
“Eu fiquei fora porque vinha falando com cada um deles aquilo que vinha na minha cabeça. Definidas as cinco posições iniciais, eu vinha falando a respeito daquilo que nós havíamos treinado. Aliás, treinamento que aconteceu desde o primeiro dia em Orlando”, disse o Dorival, tentando se justificar.
Promessa não cumprida
Em diversos momentos, Dorival prometeu que chegaria à final da Copa do Mundo de 2026 com a Seleção Brasileira. Em entrevista o comandante disse que o Brasil estava no caminho certo para voltar a uma decisão.
“Nesse momento, eu alerto, ainda poderemos ter algumas oscilações dentro de uma competição tão complicada e difícil, mas que aos poucos essa equipe vai começando a adquirir um padrão. Ainda não é o ideal, ainda não é aquilo que precisamos, mas estamos no caminho. E esse caminho, se completo, com esse crescimento emocional que essa equipe possa ter, não tenho dúvidas que chegaremos em condições, e podemos brigar diretamente por uma das vagas na final dessa competição (Copa do Mundo de 2026)”,falo Dorival Júnior.
Apesar das palavras otimistas, Dorival não apresentava em campo motivos para alimentar a confiança do torcedor brasileiro. Uma dessas promessas aconteceu justamente antes da derrota para o Paraguai, em setembro do ano passado.
Fonte: CNN