O tênis de mesa brasileiro viveu um momento histórico neste domingo (20), com Hugo Calderano escrevendo seu nome na elite do esporte mundial. Atual número 5 do ranking, Calderano conquistou um feito inédito ao derrotar o chinês Lin Shidong, líder do ranking, na final da Copa do Mundo, realizada em Macau, na China. Em uma atuação memorável, o brasileiro venceu por 4 sets a 1, com parciais de 6/11, 11/7, 11/9, 11/4 e 11/5, em menos de uma hora de partida.
Com a vitória, Calderano não apenas trouxe o primeiro título brasileiro na história da Copa do Mundo de tênis de mesa, como também se tornou o primeiro atleta fora da Ásia ou Europa a conquistar o torneio — um feito inédito para o continente americano.
O caminho de Calderano até o topo foi impressionante. Único não asiático na disputa, ele garantiu a medalha inédita ao superar nas quartas de final o japonês Tomokazu Harimoto, número 3 do mundo, já que não há disputa de terceiro lugar no torneio. O brasileiro ainda venceu, nas etapas anteriores, o canadense Eugene Wang (65º), e os japoneses Yukiya Uda (30º) e Hiroto Shinozuka (29º). Nas semifinais, Hugo superou outro chinês, Wang Chuqin, atual número 2 do ranking.
Na grande decisão, Calderano começou em desvantagem após perder o primeiro set por 11 a 6. Mas demonstrou sangue frio, técnica e inteligência para reagir. Ajustando seu jogo e apostando em um estilo mais agressivo, virou a partida com autoridade, vencendo os quatro sets seguintes e desbancando o favorito Shidong — um velho conhecido, derrotado por Hugo também em 2023, nas quartas de final do WTT Contender de Durban.
Essa foi a sexta participação de Calderano em edições da Copa do Mundo. Até então, seu melhor resultado — e também do Brasil — havia sido uma campanha até as quartas de final em 2019. Com a vitória deste domingo, ele entra para a história como um dos maiores nomes da modalidade.
A conquista marca uma nova era para o tênis de mesa brasileiro e latino-americano, quebrando hegemonias e provando que talento, trabalho duro e perseverança podem vencer qualquer barreira — até mesmo as mais tradicionais do esporte mundial.
