Hoje (21), quando o hemisfério norte estiver celebrando solstício de verão, habitantes de algumas partes do mundo puderam ver um eclipse solar anular, também conhecido como “anel de fogo”. Infelizmente, o Brasil não estava incluído nos locais onde o fenômeno poderá ser admirado desta vez.
Os eclipses solares em geral ocorrem quando a lua se posiciona entre o Sol e a Terra, de maneira que a luz vinda da estrela é tapada.Contudo, dependendo da posição dos astros, o satélite não consegue cobrir todo o Sol, o que possibilita a visualização de um anel luminoso, daí o nome de eclipse anular.
Apenas África Central, Península Arábica, Índia, China, Taiwan e Pacífico verão o anel completo. O restante da África, Ásia, Sul e Leste da Europa e Norte da Austrália observarão um eclipse parcial.
O eclipse começou no Quênia por volta da 1h da madrugada no horário de Brasília, atingiu seu ápice às 4h, quando era visto pelos indianos e terminou às 6h30 nas Filipinas.
Neste ano, o episódio apresentou a peculiaridade de coincidir com o solstício de verão no Hemisfério Norte. Isso deve acontecer novamente apenas em 2039, quando o fenômeno poderá ser visto com mais clareza na América do Norte e na Escandinávia.
Como o eclipse “anel de fogo” acontece?
Esse eclipse é conhecido como “anel de fogo” porque a Lua não consegue cobrir o Sol por completo. Com isso, podemos ver as “bordas” do Sol escapando da sombra lunar e formando um círculo brilhante. O evento é bastante raro e acontecerá apenas duas vezes neste século: agora, em 2020, e em 21 de junho de 2039.
Como a sombra da Lua não é grande o suficiente para engolir o planeta inteiro, fica sempre limitada a uma determinada área. Essa área muda durante o eclipse porque a Lua e a Terra estão em constante movimento. Assim, os eclipses solares são visíveis apenas dentro da área em nosso planeta onde a sombra do nosso satélite natural cai. Quanto mais perto você estiver do centro do caminho da sombra, maior o eclipse.
Mas por que esses eclipses são raros? É que, para acontecerem, é preciso uma série de fatores ocorrerem ao mesmo tempo: deve ser Lua Nova, e, ao mesmo tempo, a Lua deve estar em um nodo lunar, ou seja, em um dos pontos onde a órbita da Lua cruza a eclíptica (termo para a trajetória aparente do Sol observada a partir da Terra). Com isso, a Terra, a Lua e o Sol estão ao mesmo tempo em uma linha reta (ou quase reta). Por fim, a Lua estará perto de seu ponto mais distante da Terra (o apogeu), de modo que a borda externa do Sol permanece visível ao redor da Lua.
Com informações R7 e Canaltech