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sexta-feira, 4 de outubro, 2024
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Elenco da peça “O Deus de Spinoza” participa de bate-papo na UFMS

A roda de conversa faz parte da passagem do espetáculo por Campo Grande. Gratuito, o evento tem como público-alvo artistas e pessoas interessadas em arte, cultura e filosofia

Campo Grande se prepara para uma imersão filosófica e artística com a apresentação do espetáculo “O Deus de Spinoza”, que estará em cartaz neste sábado (5), no Teatro Dom Bosco. Mas antes disso, nesta sexta-feira (4), o público terá a oportunidade de participar de um bate-papo exclusivo com o elenco, abordando a vida e obra do filósofo Baruch de Spinoza, além dos aspectos artísticos e técnicos da peça. O bate-papo será realizado às 19h, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A entrada é gratuita.

O evento contará com a participação diretor do espetáculo, Luiz Amorim, que interpreta um dos rabinos que perseguem Espinoza, além dos outros quatro atores que dão vida a trama, inclusive, Bruno Perillo, que protagoniza Spinoza e Juliano Dip, no papel de Ian Reuwertsz, amigo e editor de Spinoza, responsável por publicar todo o legado do filósofo após sua a sua morte.

A roda de conversa promete trazer uma abordagem que vai além da filosofia, explorando a construção do espetáculo, desde o figurino, a dramaturgia, até a montagem cênica e a criação das personagens. A oportunidade de entender o processo de criação de uma peça que tem emocionado plateias, provocado reflexões profundas sobre a existência de Deus, a alma e a condição humana.

André Alvez, diretor da MKT Produções, empresa responsável pelo evento, pontua a ação da da produtora em promover experiências culturais que ultrapassem o entretenimento. “Queremos ir além da realização do evento cultural em si. Queremos quebrar a quarta parede e conectar a classe artística e o público aos artistas que estarão pela Capital, oferecendo uma programação mais imersiva, que aprofunde a discussão sobre arte, filosofia e o nosso tempo a fim de gerar um impacto duradouro no cenário local”, afirma.

O espetáculo “O Deus de Spinoza”, com texto de Régis de Oliveira e direção de Luiz Amorim, estará em cartaz no dia 5 de outubro, sábado, às 19h, no Teatro Dom Bosco, em Campo Grande. Após quatro temporadas de sucesso em São Paulo, no Teatro Itália e no Teatro UOL, a peça chega à capital sul-mato-grossense com ingressos disponíveis a partir de R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira) pelo Sympla, com classificação indicativa de 12 anos.

Com cenário imersivo, figurinos detalhados e música ao vivo (banda seferdita), a peça propõe uma jornada instigante pelo pensamento de Spinoza. “O público terá a oportunidade de ver um filósofo que viveu séculos atrás, mas que tem muito a dizer sobre os dilemas contemporâneos. Spinoza falava sobre a importância do livre pensamento, e outros temas que ainda são muito atuais”, afirma o diretor Luiz Amorim. “E a peça tem o mérito de trazer o pensamento de Spinoza de maneira acessível e ao mesmo tempo envolvente, sem perder a profundidade de suas reflexões.”

A trama retrata o encontro do filósofo com o editor de livros Ian Reuwertsz, após a condenação de Spinoza pelo Conselho de Rabinos de Amsterdã. Em diálogos intensos, os dois personagens discutem temas como a natureza, o cosmos, crenças e emoções humanas, proporcionando ao público reflexões e um confronto de ideias que atravessam os séculos.

Além da vida e obra de Spinoza, o bate-papo na UFMS, também abordará os desafios artísticos enfrentados pela produção, como a concepção do cenário, a construção dos diálogos filosóficos e a profundidade psicológica dos personagens.

Os alunos e participantes poderão entender de perto como esses elementos são articulados para criar uma experiência teatral única, que ressoa não apenas no intelecto, mas também no emocional do espectador.

“É algo além do palco porque essa troca de experiências com o elenco promete enriquecer o debate sobre teatro e filosofia, envolvendo desde os detalhes técnicos da montagem até as motivações filosóficas que guiaram a adaptação da história tão densa de Spinoza para o palco”, diz André.

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