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segunda-feira, 20 de janeiro, 2025
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Em vídeo, bombeiros dão dicas de segurança para evitar afogamento

Somente nas primeiras duas semanas deste ano de 2025, Mato Grosso do Sul registrou 10 mortes por afogamento, conforme dados divulgados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Entre os casos mais comuns, estão pessoas que perderam suas vidas ao serem levadas pela correnteza de rios, por não conseguirem atravessar lagoas e também que se afogaram em piscinas domésticas.

Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA) apontam que, em 2024, o Brasil registrou uma média de duas mortes diárias por afogamento. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atendeu 66 ocorrências no ano passado.

Segundo o CBMMS, os jovens não percebem o perigo ao adentrar em rios, córregos e lagos, acreditando que conhecem o local ou se sentem seguros porque seus amigos nunca tiveram problemas.

Entre as orientações de segurança, os bombeiros reforçam que se deve buscar sempre locais seguros, com a presença de salva-vidas. Além disso, jamais adentrem ambientes aquáticos que não possuam sinalização adequada.

Nas redes sociais, a corporação compartilhou um vídeo com mais dicas para quem deseja aproveitar o período de férias e o calor para se refrescar em segurança.

Para evitar tragédias em meio à diversão, o Corpo de Bombeiros Militar orienta:

  • Para banhistas: evite entrar na água pulando de cabeça. Entre primeiro com os pés e não pule em águas desconhecidas. Se ingerir bebida alcóolica evite entrar na água. Para evitar o afogamento de crianças, elas devem sempre entrar na água acompanhadas ou sob observação dos pais ou responsáveis. Na água, mantenha a criança a no máximo um braço de distância, garantindo suporte caso necessário.
  • Para a vítima de afogamento: lembre-se sempre de manter a calma. A maioria das pessoas morre por conta do desgaste físico na luta pela sobrevivência. Flutue e acene por socorro. Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso contrário, isso vai acelerar o cansaço e o afogamento. Caso esteja no mar, deixe ser levado para o alto mar e acene por socorro ou tente alcançar um banco de areia. Em rios, procure manter os pés à frente da cabeça, usando as mãos e braços para dar flutuação e utilize a correnteza ao seu favor em busca da margem.
  • Reconhecendo uma situação de afogamento: a primeira coisa a se fazer em caso de afogamento é reconhecer um afogamento. Ao contrário do que se vê nos filmes, o banhista em apuros não acena com a mão e nem grita por ajuda. O banhista encontra-se tipicamente em posição vertical, com os braços estendidos lateralmente, batendo na água. Ocorre também a submersão e emersão da cabeça diversas vezes, na luta para manter as vias aéreas acima da superfície da água. Na busca pela respiração, dificilmente as vítimas conseguem fôlego para gritar por socorro. Então, ao reconhecer um afogamento ligue imediatamente ou peça para alguém ligar 193 e avise o que está acontecendo, indicando local, quantidade de pessoas envolvidas e o que está sendo feito.
  • Ao presenciar uma situação de afogamento: Após ligar 193, forneça flutuação para a vítima. Caso não haja boia salva-vidas no local, improvise com objetos flutuantes, tais como: garrafas de plástico vazias, pranchas de surf, materiais de isopor ou espuma, corda, galho resistente ou qualquer outro material que garanta suporte à vítima. O maior objetivo deve ser manter a vítima com as vias aéreas fora da água e parar o processo de afogamento, para assim ganhar tempo até a chegada do socorro profissional. Só entre na água para ajudar se tiver treinamento e preparo físico e, sempre, com um material de flutuação para oferecer ao afogado. Jamais busque o contato direto. Lembre-se: a prioridade é ajudar jogando o material de flutuação, sem entrar na água, se possível for. Caso você necessite fazer isso, tenham cuidado ao tentar retirar a vítima da água, pois você pode se tornar uma segunda vítima.
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