Estudo matemático realizado pelos professores Erlandson Saraiva (Inma) e Leandro Sauer (Esan) apontam para hoje (22) o pico da pandemia da Covid-19 no estado de Mato Grosso do Sul.
A quantidade de pacientes internados em leitos clínicos reduziu de 271, em 14 de setembro, para 240 na data de ontem (21) e a quantidade de pacientes internados em UTIs reduziu de 230 para 219 no mesmo período.
O valor da média móvel do número de casos confirmados em 21 de setembro é 660,71, contra 847,71 há sete dias, redução de 22.06%.
Já com relação ao número de óbitos, houve redução de 25,56% dos valores das médias móveis, saindo de 17,57 há 21 dias para 13,43 nessa última segunda-feira
Segundo os professores, de acordo com o modelo ajustado o pico da pandemia é projetado para o dia de hoje (22).
“Ou seja, a partir de amanhã é esperado que o número médio de pessoas infectadas comece a reduzir. Além disso, as projeções não indicam a possibilidade de colapso do sistema público de saúde”, afirmam.
Outra boa notícia, segundo os pesquisadores, é que o número de reprodução (transmissão da doença) calculado é de 1,08.
“Esse valor indica que estamos muito próximo do valor de estabilidade da doença, que é 1,0. De acordo com a escala denominada de Covidímetro, proposta por professores da UFRJ, este valor indica um risco moderado de propagação da doença”, expõem.
Campo Grande
Em Campo Grande, conforme os relatórios anteriores, o pico foi estimado para o dia 164 (25/08/20).
Com relação aos números divulgados, houve redução no número de pacientes internados, passando de 308, no dia 13 de setembro para 282 em 20 de setembro.
A quantidade de pacientes internados em leitos clínicos reduziu de 165 para 149, no mesmo período e a quantidade de pacientes internados em UTIs reduziu de 143 para 132.
O valor da média móvel do número de casos confirmados em 20 de setembro é de 294,57. Comparado ao valor da média móvel de sete dias atrás (412,43), houve redução de 28.58%.
Com relação ao número de óbitos, nos últimos 20 dias o valor da média móvel variou entre seis a oito óbitos diários, com número de reprodução de Campo Grande se mantendo em 1,06.
“Como sempre enfatizado nos relatórios anteriores, esses resultados mostram a necessidade de a população continuar seguindo as orientações de especialistas da área da saúde para se manter o isolamento social sempre que possível. Este procedimento é necessário para mantermos o cenário de achatamento da curva e evitarmos o início de um quinto cenário de crescimento da doença”, afirmam os professores.