24.8 C
Campo Grande
sábado, 21 de dezembro, 2024
spot_img

Exportações de soja e milho de MS registram queda significativa em novembro

Comercialização dos grãos apresentou retração no volume e no valor

Mato Grosso do Sul enfrentou uma queda nas exportações de soja e milho no mês de novembro. O volume de soja enviado ao exterior diminuiu 89% em comparação com o mesmo período de 2023, o que corresponde a uma redução de 347 mil toneladas. Financeiramente, a queda foi de 91%, com uma perda de US$ 19 milhões. A China foi o principal destino da soja sul-mato-grossense, comprando 89% do volume exportado, enquanto a Tailândia ficou com os 11% restantes.

A exportação de milho também apresentou uma diminuição expressiva. Em novembro, o volume exportado caiu 89% em relação ao ano anterior, equivalente a 343 mil toneladas a menos. O valor das exportações de milho recuou 85%, totalizando US$ 13,4 milhões. O Japão foi o maior comprador do cereal, com 41% das exportações, seguido por Bangladesh (20%) e África do Sul (11%).

O economista Mateus Fernandes, da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), explicou que a redução nas exportações pode ser explicada pela fase final da comercialização da soja 2023/24, com baixos estoques disponíveis. Além disso, a valorização dos grãos no mercado interno tem levado os produtores a optar por vender dentro do Brasil, ao invés de exportar. O mesmo fenômeno foi observado no milho, cujas melhores cotações no mercado interno têm favorecido a venda nacional.

Brasil

No cenário nacional, o Brasil também enfrentou uma redução nas exportações de soja e milho. Em novembro, o volume de soja exportado caiu 51%, equivalente a uma redução de 2,6 milhões de toneladas. O valor das exportações teve uma queda de 59%, totalizando US$ 1,11 bilhão. A China continuou sendo o principal destino da soja brasileira, com 83% do volume exportado.

Em relação ao milho, as exportações caíram 36% em novembro, o que representa uma redução de cerca de 2,7 milhões de toneladas em comparação com 2023. Em termos financeiros, a queda foi de 42%, totalizando US$ 966 milhões. O Egito foi o maior comprador de milho brasileiro, com 19% do volume, seguido pelo Irã (17%), Vietnã (16%) e Taiwan (7%).

O boletim completo está disponível [aqui].

Fale com a Redação