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Férias requerem atenção redobrada com as crianças

11/03/2014 10h35 – Atualizado em 11/03/2014 10h35

Férias requerem atenção redobrada com as crianças

Raquel Alencar

Esta é a época em que a maioria das pessoas tira ao menos alguns dias de férias. Aproveitam que as crianças estão sem aula para fazer alguma viagem. Litoral é o destino mais comum. O calor, aliado às nossas belezas naturais, faz com que a praia e tudo o que a envolva entrem no roteiro.

Nada como se esticar numa cadeira, olhar o mar ir e vir, passar os pés pela areia, bebericar uma batidinha, comer algumas guloseimas e… Cadê as crianças? O desespero está instalado e todos em volta saem à procura dos desaparecidos. Do outro lado a agonia também aparece.

Enquanto não percebem nada, os pequenos se divertem à vontade. Ao se darem conta de que não enxergam mais papai e mamãe, eles se deparam com o maior de todos os medos: serem abandonados à própria sorte por essa dupla. O que era um oceano de água transforma-se em um mar de rostos desconhecidos. Ao primeiro acolhimento, entregam-se a um estranho dizendo que não acham os pais.

Na maioria das vezes, dão sorte de encontrarem pessoas boas e que as ajudam a resolver a questão. Nem sempre isto acontece e um problema maior surge: a criança desaparece mesmo. De acordo com dados do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, no ano de 2013 foram cadastrados 52 desaparecimentos. Pode parecer pouco pelo tamanho do nosso país, mas não para quem vive a situação.

As crianças se perderem nas praias é mais comum do que imaginamos. No verão passado, apenas no estado de Santa Catarina, 1.160 desapareceram nessa situação, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

Então o melhor é ficar em casa? De jeito nenhum. Mas alguns cuidados devem ser tomados para que a criançada não se perca. Ou, caso isso ocorra, que seja o menos dolorido possível, principalmente para as crianças.

Uma recomendação dada pelos bombeiros é a de colocar uma pulseira com identificação das crianças com telefone para contato. Em algumas praias, os próprios salva vidas já oferecem isso.

Por falar neles, é importante que os pais mostrem aos pequenos quem eles são e orientem que os procurem caso se percam.

Deve ser mostrado à criança o local onde a família ficará, com alguns pontos que a ajude a identificá-lo: um quiosque, um prédio ou qualquer outro sinal que possa orientá-la geograficamente. Também pode ser definido um ponto onde os adultos vão procurá-la e que seja fácil de ela achar.

Lembrar de que não deve sair da praia, seja sozinha ou, menos ainda, com outra pessoa. Caso alguém tente tirá-la de lá, deverá gritar por ajuda.

Como em situações assim elas tendem a se sentir abandonadas em vez de perdidas, é preciso dizer que, se ocorrer de se desencontrarem, ela não deve se preocupar, pois papai e mamãe estarão procurando por ela.

Quando houver o reencontro, nada de gritos e broncas. Se os pais estão assustados, a criança deve estar mais ainda. O que ela precisa é ser acolhida nesse momento. Orientações a mais devem ser dadas quando todos estiverem calmos.

Apenas um lembrete: podemos tirar férias de vários afazeres, mas da função de pai e mãe não. Por isso, temos que ficar de olhos bem abertos com eles na praia ou em qualquer outro lugar.

Fonte: Google Imagens

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