Para contribuir com uma gestão pública mais célere e transparente, o 6° Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação discutiu temas centrais como as boas práticas nas despesas públicas com publicidade, assim como o papel do mundo digital na comunicação.
Os temas fizeram parte do primeiro dia do evento realizado hoje (7), em Campo Grande. O objetivo é contribuir e trocar experiências importantes com os secretários estaduais de Comunicação de todo País, que estão em Mato Grosso do Sul para fazer este intercâmbio de informações.
O advogado especialista em licitações e contratos de publicidade e procurador do Distrito Federal, Edvaldo Barreto Jr., ministrou uma palestra sobre a “legislação e boas práticas nas despesas públicas com publicidade”, tema que faz parte do cotidiano e da rotina dos secretários estaduais de Comunicação.
“Trata-se de um tema muito atual. Vamos debater aqui as principais iniciativas e os temas específicos do acórdão 2188\2024 do TCU (Tribunal de Contas da União). Neste documento houve um trabalho sério com profundidade sobre as campanhas publicitárias, na sua execução contratual”, explicou Barreto.
Barreto destacou ainda que no processo licitatório são necessárias boas práticas tanto na fase interna, como externa para as campanhas, para que todo processo seja célere na gestão pública.
“A gente precisa de indicadores e metas para medir resultados. É difícil, na comunicação instrucional, medir aprovação, avaliação, que são indicadores indiretos. No caso de ações de utilidade pública fica mais fácil”, disse o secretário de Estado de Comunicação de Minas Gerais, Bernardo Fonseca Santos.
“É necessário trazer para o cidadão uma sensação de transparência, de proximidade. Alguns dos conteúdos, falando de redes, precisam estar mais próximos da linguagem de quem consome, as pessoas precisam entender a mensagem”, afirmou a estrategista digital da FSB Comunicação (maior empresa brasileira da área), Catalina Arica, que ministrou a palestra “Governos Conectados: O papel do digital na Gestão Pública”.
Ainda sobre o “papel do digital na Gestão Pública”, a jornalista, pesquisadora de cultura digital e coordenadora da Escola de Comunicação da FGV, Renata Tomaz, afirmou que é necessário pensar em processos de comunicação que criem a existência digital. “Tudo que a gente faz no ambiente digital fica registrado. O tempo todo geramos dados. É necessário pensar qual rede é mais utilizada pelos brasileiros hoje e como cada governo pode criar oportunidades de registrar os dados das populações, criando retratos e diagnósticos, permitindo de fato se comunicar”, disse Renata.
“É necessário fazer os governos serem mais conectados, e não só digitalmente, na forma de atuar, com leitura de dados e ferramentas disponíveis”, disse o secretário Bernardo Santos.