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Geraldo Resende é eleito presidente da CPI das Órteses e Próteses

27/03/2015 07h00

Geraldo Resende é eleito presidente da CPI das Órteses e Próteses

O colegiado da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Máfia das Órteses e Próteses elegeu por unanimidade o deputado Geraldo Resende (PMDB) presidente da CPI. A Comissão foi implantada na manhã desta quinta-feira (26) e designou o deputado André Fufuca (PEN-MA) como relator. Resende protocolou o pedido de abertura de investigação no último dia 5 de fevereiro.

Resende afirmou que mesmo antes da matéria exibida no Fantástico, no dia 4 de janeiro, já havia a intenção de implantar uma CPI para investigar o segmento da comercialização de próteses no País. “No ano passado, apenas não implantamos a Comissão por falta de tempo hábil, porém já havíamos decidido a criação da CPI nesta legislatura. O belo trabalho da imprensa reforçou a importância da Câmara dos Deputados dar uma resposta à sociedade”.

O parlamentar também afirmou que “o objetivo desta CPI é, o mais rápido possível, apontar os culpados, o funcionamento do esquema e principalmente normas para impossibilitar a disparidade de preços e formalizar o registro de próteses como já acontece em outros países”.

Para o deputado André Fufuca, “o importante é desvendar esse esquema e demonstrar que uma minoria de médicos não pode macular o respeito que a população brasileira tem para com a classe médica”.

Irregularidades – Em pesquisa realizada em 2010, 33% dos médicos do estado de São Paulo souberam ou presenciaram recebimento de propinas para a indicação de medicamentos, órteses e próteses.

Para Geraldo Resende, mesmo com restrições e fiscalização, há indícios de irregularidades. “Os médicos não podem indicar a marca desses materiais, porém, pelo que ficou demonstrado na matéria, esses maus profissionais faziam especificações extremamente detalhadas de modo a direcionar compras e licitações”, explicou.

Na Justiça de Alagoas existem denúncias realizadas por pacientes, sobre o recebimento de 30% de lucro em cima de materiais utilizados pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. Em Curitiba, os gastos com órteses e próteses aumentaram 30% nos últimos dois anos, passando de R$ 2 milhões para R$ 3 milhões. A fraude estaria ocorrendo em cinco Estados e os médicos receberiam de 15% a 50% do valor do produto.

Já existem inquéritos na Polícia Federal para apurar esquemas específicos em planos de saúde. A CPI, que contou com o apoio de 225 parlamentares, deverá focar o cartel de preços e distribuição de órteses e próteses destinado a desviar recursos do Sistema Único de Saúde e onerar Planos de Saúde. “Além dos valores desviados, esses criminosos colocam vidas em risco e o parlamento não pode ficar distante dessas investigações”, afirmou o presidente da Comissão.

Para a instalação da CPI e o apoio técnico para o funcionamento, Geraldo Resende participou de uma Mesa Redonda do Fórum Político Nacional da Unimed, no dia 24 de fevereiro.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Deputado Federal Geraldo Resende.

Instalação da CPI que vai investigar a “Máfia das Órteses e Próteses” e eleição de Geraldo Resende como presidente. (Foto: Divulgação)

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