O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul anunciou a criação do Programa Cuidando em Casa. A iniciativa tem como objetivo fortalecer o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e o Suporte Ventilatório Domiciliar nos municípios do estado, garantindo atendimento multiprofissional a pacientes em casa e otimizando a eficiência do sistema público de saúde.
De acordo com a Superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Angélica Cristina Segatto Congro, a proposta visa reforçar as equipes já existentes e ampliar o atendimento a pacientes com patologias específicas, muitas vezes judicializados para serviços de home care. “Com o apoio do Estado e financiamento estadual, será possível realizar esses atendimentos com equipamentos do SUS e equipes qualificadas”, destacou.
O programa prevê financiamento complementar para as Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar do tipo AD3, habilitadas pelo Ministério da Saúde, com um incentivo estadual de R$ 30 mil mensais. Essas equipes atendem pacientes com dificuldades severas de locomoção, que necessitam de acompanhamento contínuo e uso de equipamentos médicos essenciais. Além disso, um eixo específico destina-se ao Suporte Ventilatório Domiciliar, garantindo incentivos de até R$ 11.400 por mês para a aquisição de equipamentos e assistência a pacientes que necessitam de ventilação mecânica invasiva ou não invasiva.
Para aderir ao programa, os municípios interessados devem formalizar sua adesão por meio de um Termo de Adesão, comprovando o número de pacientes assistidos e a taxa de altas hospitalares. A SES será responsável pelo repasse dos recursos e pela avaliação da prestação dos serviços.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, o Programa Cuidando em Casa representa um avanço na estratégia de desospitalização e melhoria da qualidade do atendimento a pacientes com necessidade de cuidados prolongados. “Com ele, buscamos reduzir a superlotação hospitalar e garantir que mais pessoas recebam os cuidados necessários em casa, com a eficiência e qualidade que a saúde pública precisa oferecer”, afirmou.