19/10/2014 10h30
Gringos já chegam à cidade pedindo hotel com piscina e não saem da água por nada
Campo Grande News
Ao desembarcar no aeroporto de Campo Grande, é só entrar no táxi para a primeiro pedido sair como um S.O.S: “um hotel com piscina, por favor”, é a frase da maioria dos turistas. Quem chega, se assusta com a sensação térmica de 45°C. Se para quem mora aqui a situação está difícil, imagine para quem vem de fora. Cinco turistas, que chegaram na sexta-feira, como o ínicio de uma viagem ao Pantanal, desembarcaram implorando por uma piscina, de onde só pretendem sair direto para o ar condicionado.
O calor assustou o inglês Philig Hancock, de 23 anos. Ele está conhecendo o Brasil pela primeira vez e diz que de onde vem esse calor é o suficiente para ninguém fazer mais nada. Tanto que depois que se deparou o “forno”, a vontade de conhecer melhor a cidade em um programa noturno também derreteu. Os planos se resumiram a ficar na beira da piscina do hotel e depois relaxar no quarto com ar condicionado.
O grupo de quatro franceses e um inglês também comprou um pacote de viagem para o Pantanal e de brinque levaram a experiência do calorão. O casal Antoine Pouletty, de 29 anos, e Cotherine Louguet, de 30 anos se assustaram com a temperatura. Eles saíram do Rio de Janeiro e não imaginavam que em Campo Grande estaria mais quente ainda.“Agora a gente chegou ao Brasil”, brinca Catherine.
O sol não agradou nada quem tem a pele bem clara, como a da Anaelle Dombre, de 23 anos. Ela estava em Curitiba com a amiga Solenne Reard, de 19 anos. Quando ficou sabendo que aqui estava 40°C, diz que quase desistiu da viagem. “Só vim mesmo porque queria muito conhecer o Pantanal”, afirmou Anaelle. Já Solenne, adorou o clima tropical.
Amanhã elas seguem viagem para Corumbá e vão conhecer o sol do Pantanal, os animais e fazer os passeios em uma pousada no Passo do Lontra. Na segunda-feira a parada é em Bonito, uma trégua nas águas do Rio Formoso .
A catarinense Caroline Oliveira, de 34 anos, quase pediu socorro quando desceu do avião. “Só do avião até o hall do aeroporto já tá insuportável”, comenta. Ela veio a passeio com o marido e comenta que se o clima continuar assim, o jeito vai ser passar o dia no ar condicionado.
Com os termômetros marcando 40°C por aqui, quem sai de Joenville, na serra catarinense sente fácil a diferença. A estudante Valessa Walter, de 35 anos, mora há 3 anos em Campo Grande, mas ainda não se acostumou. “A gente vive bem melhor quando faz frio”, comenta.

