A equipe que realizava o resgate dos restos mortais do caseiro de 60 anos, morto em um ataque de onça no meio do pantanal de Mato Grosso do Sul, também teria enfrentado o animal silvestre durante as buscas na área de mato, próximo ao pesqueiro onde a vítima residia, na região chamada de Touro Morto, às margens do Rio Aquidauana.
As informações foram divulgadas por meio de vídeos compartilhados nas redes sociais pelo grupo de resgate, que envolveu peões panteiros, parentes da vítima e policiais militares ambientais. Os trabalhos aconteceram logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (22), um dia depois do desaparecimento do caseiro.
O cunhado, que liderou uma das equipes, conseguiu encontrar partes do corpo que foi devorado pela onça numa área distante 300 quilômetros da casa dele. Os restos mortais foram recolhidos e serão levados para o instituto Médico Legal (IML) para perícia e posterior liberação para o sepultamento.
Segundo os homens que participaram das buscas, no percurso, a onça avançou contra eles, que precisaram correr e despistar o animal selvagem. Durante o avanço, uma pessoa acabou ferida pelo felino e precisou de primeiros-socorros. Para espantar o bicho, os policiais efetuaram disparos de arma de fogo para o alto.
Ainda segundo as informações, o ataque aconteceu no momento que a equipe retornava para buscar os restos mortais do caseiro. A onça estaria enterrando quando foi surpreendida pelo grupo. “Quase que mata ele. Ele se jogou para trás, ela ainda deu um tapa e rasgou ele”, narra a vítima do ataque.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana como sendo morte por causa indeterminada. Um inquérito policial foi aberto para apurar os fatos e os laudos requisitados para comprovação dos fatos.
O caso
Foi localizado na manhã desta terça-feira (22), após um dia de buscas, parte dos restos mortais do caseiro de 60 anos que teria sido arrastado e devorado por uma onça-pintada na região do Pantanal, no trecho entre os rios Aquidauana e Miranda, no pesqueiro chamado de Touro Morto.
Segundo a atualização do caso, o cunhado da vítima encontrou o corpo logo pela manhã. A informação foi confirmada pela Polícia Militar Ambiental (PMA), que realiza operações de buscas na região desde a tarde de segunda-feira (21), quando foi informada sobre o desaparecimento e a suspeita de ataque de onça.
Em uma mensagem de áudio, o cunhado detalhou que estava desde às 06 horas no mato, acompanhado por outras pessoas, incluindo um sargento policial militar ambiental. Eles localizaram uma parte do corpo cerca de 300 metros de distância da casa. “Deus me guiou certinho onde ele ia estar, fui em cima”, celebrou o parente.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a casa da vítima com pegadas de onça. Dias antes de sumir, o caseiro aparece contando que duas onças teriam brigado no quintal. A suspeita dos familiares é de que na manhã da segunda-feira, enquanto fazia o café, ele tenha sido atacado pelo animal silvestre e arrastado para o mato.
