Na manhã deste sábado (25), o grupo terrorista Hamas libertou quatro reféns israelenses, todas mulheres, como parte de um acordo de cessar-fogo com Israel. Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, todas com 20 anos, e Liri Albag, de 19, foram entregues à Cruz Vermelha e já estão em território israelense. As jovens, capturadas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, encontraram suas famílias em uma base militar próxima à fronteira, onde também passarão por avaliações médicas conduzidas pelo Exército.
As reféns foram capturadas enquanto cumpriam serviço militar em uma base próxima à Faixa de Gaza. Durante a entrega, na Cidade de Gaza, elas deixaram um carro em uma movimentada praça, subiram ao palco onde representantes do Hamas e da Cruz Vermelha formalizaram a libertação e acenaram para a multidão antes de embarcarem em um veículo da organização humanitária.
O Fórum das Famílias dos Reféns Israelenses saudou a libertação e fez um apelo para que o acordo de cessar-fogo seja mantido, destacando a necessidade de esforços contínuos para garantir o retorno dos outros 90 reféns que ainda permanecem em Gaza.
Termos do acordo
Como parte do acordo em vigor desde 19 de janeiro, Israel deve liberar neste sábado cerca de 200 prisioneiros palestinos, incluindo indivíduos condenados por ataques fatais contra israelenses. Além disso, as forças israelenses começarão a se retirar parcialmente de uma área central em Gaza, permitindo que milhares de palestinos desabrigados retornem para suas casas no norte do território.
Na primeira fase, o Hamas concordou em libertar 33 reféns em troca da libertação de mais de 1.000 palestinos presos e da retirada parcial de tropas israelenses de Gaza. Contudo, os detalhes da segunda fase ainda estão sendo negociados.
Perspectivas futuras
De acordo com o rascunho do acordo, uma continuidade do cessar-fogo dependerá de negociações adicionais. Caso avançado, o Hamas poderá libertar os reféns restantes vivos, incluindo soldados homens, em troca de mais prisioneiros palestinos e da retirada completa das forças israelenses.
A terceira fase, ainda mais complexa, prevê a devolução dos corpos dos reféns em troca de um plano de reconstrução de Gaza com duração de três a cinco anos, sob supervisão internacional.
Apesar dos avanços, especialistas alertam que não há garantias formais para a manutenção do cessar-fogo, o que pode levar à retomada das hostilidades caso os termos do acordo não sejam cumpridos.