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domingo, 26 de janeiro, 2025
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Homem consumiu drogas e bebidas e usava pá para bater na esposa antes de ser morto por ela

A delegada plantonista da Depac Cepol, Thaina Borges, apresentou novos detalhes sobre a morte de um homem, de 56 anos, ocorrida na manhã deste sábado (25), em Campo Grande. A autora e esposa dele, de idade não confirmada, confessou o crime e revelou que cometeu em legítima defesa, pois vinha sofrendo violência doméstica e psicológica.

Segundo o depoimento prestado ainda no local dos fatos, na Rua João Batista de Oliveira, no bairro Jardim Pênfigo, a mulher contou que o companheiro fez uso de drogas durante a noite passada, bem como ingeriu bebidas alcoólicas, passando a ter o comportamento agressivo com ela e a filha mais velha, de 17 anos.

Durante a manhã deste sábado, a família estava no imóvel quando o homem passou a xingar a mulher, em seguida, pegou uma pá e atingiu golpes contra ela. A filha interveio e tentou defender a mãe da violência, mas também foi agredida pelo sujeito. Os três passaram a trocar socos, chutes e empurrões.

Em determinado momento, a mulher conseguiu pegar um tijolo e acertou um golpe contra a cabeça dele, repetindo outras vezes até que ele perdeu a consciência e caiu no chão, já sem vida. Na sua versão, a autora disse que fez isso para evitar que a filha ou ela fossem mortas pelo marido e também achou que ele tivesse apenas desmaiado.

Depois, a adolescente pegou outras duas crianças menores de idade, seus irmãos, e foram até uma casa vizinha pedir ajuda. O Corpo de Bombeiros foi mobilizado, mas ao chegar no local apenas atestou o óbito. A Polícias Militar e Civil também foram comunicadas e atenderam a ocorrência, prendendo a mulher em flagrante.

A filha foi detida como testemunha. Segundo a delegada responsável pelo caso nesse primeiro momento, somente quando for passar pela audiência de custódia é que a autora vai saber se responderá o inquérito em liberdade, como legítima defesa, ou se vai ser transferida para o presídio feminino, enquadrada como homicídio.

Vizinhos da família disseram que o casal tem histórico de brigas e separações, inclusive, não estariam morando no mesmo imóvel. Juntos, tem um filho de cinco anos, que é uma das crianças que testemunhou a morte. No momento do atendimento da ocorrência, teria perguntado para os familiares sobre onde estava o seu pai e a sua mãe.

Ainda segundo a investigação, a mulher chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o marido há alguns meses, reclamando de violência psicológica, verbal e ameaças. Na ocasião, ela afirmou que não tinha sido agredida fisicamente, apesar do histórico, manteve o relacionamento, alegando sentia medo de uma separação.

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