Um homem de 40 anos acabou preso na noite de ontem (29) ao efetuar dois disparos de arma de fogo contra a fachada de uma conveniência, na Avenida Tamandaré, em Campo Grande. Segundo a ocorrência, a confusão aconteceu após o autor se desentender com a esposa e a ela pedir ajuda no estabelecimento.
O proprietário da conveniência contou que a mulher entrou desesperada e nervosa, pedindo ajuda para conseguir chamar um motorista de aplicativo. Ela entregou o celular para o atentente e foi ao banheiro na sequência, entretanto, o namorado dela apareceu neste meio tempo e tentou tirar o aparelho da testemunha, que relutou.
Na confusão, o sujeito passou a derrubar as máquinas de passar cartão e também um baleiro de vidro, que quebrou e acabou cortando o braço dele. Quando a mulher saiu do banheiro, ele a puxou pelo braço e foram embora, sendo que o celular dela permaneceu com o dono da conveniência.
Ainda na versão da testemunha, alguns minutos depois que o casal foi embora, o agressor reapareceu no local e, de dentro do seu veículo, gritou para ele que iria buscar uma arma para matá-lo e ainda se gabou, dizendo: “Já matei três, não custa matar quatro”. Conforme prometido, o sujeito retornou e pediu o telefone da esposa.
Depois, atirou duas vezes contra o portão ao lado do estabelecimento e fugiu novamente. A Polícia Militar foi acionada e esteve no local, onde apreenderam uma cápsula de munição aparentemente de calibre 22, bem como um projétil danificado. O sujeito estava em um veículo VW Saveiro, de cor vinho.
Os policiais realizaram rondas pela região e rapidamente localizaram o autor, que ao ver a viatura abriu fuga em alta velocidade. Na Rua Maranhão, esquina com a Rua São Borja, ele foi alcançado e detido. Além dele, também ocupavam o automóvel a esposa e a sua própria mãe, que foi liberada por não ter envolvimento com os fatos.
O registro da ocorrência afirma que nada de ilícito foi encontrado no interior do veículo, inclusive a arma não foi localizada. Questionado sobre os tiros, o homem contou que descartou a pistola em um matagal próximo à conveniência. Ele foi levado pelos militares até o possivel local e, algemado, passou a procurar no mato.
O Batalhão de Choque, que também participou da ocorrência, localizou a arma usada no atentado na altura da Rua Maranhão, onde houve a abordagem. Diante disso, ele recebeu voz de prisão por ameaça, dano, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e foi levado para a Depac Cepol.
