21.8 C
Campo Grande
segunda-feira, 16 de setembro, 2024
spot_img

Homem envia carta confessando a morte de rival e inocenta réu da condenação

Um homem que estava sendo aguardado no Tribunal de Justiça como testemunha de um homicídio, ocorrido em Campo Grande no ano de 2016, surpreendeu a todos ao se declarar autor do crime. Por conta disso, o julgamento foi adiado pelo juiz responsável.

O crime aconteceu no mês de abril de 2016, na Rua Coata, no bairro Jardim Montevidéu. A vítima, de 51 anos, teve um desentendimento com outro homem e foi assassinado a tiros logo em seguida. O suspeito foi preso.

A investigação detalha que a vítima tinha ido buscar o filho na creche e foi entregar para a mãe, sua ex-esposa, no entanto, ao chegar foi atendido pelo atual marido dela – esse que confessou o crime, mas até então era apenas a testemunha.

A declaração de confissão foi protocolada na sexta-feira (23). No documento, ele afirma ter efetuado três tiros contra a vítima, que não conhecia pessoalmente até aquele momento. Ele justificou os tiros como sendo de legítima defesa.

Na sua versão, a vítima estava embriagada e com o comportamento alterado. Houve a discussão, seguida de ameaça, sendo que o sujeito pegou um facão e tentou investir contra ele, mas foi impedido pela ex-esposa e a ex-cunhada dele.

Temendo pela vida, o autor pegou a arma com um amigo e foi até a casa da vítima, mas não o encontrou e voltou para casa. No caminho, viu o homem brigando com outra pessoa (o atual réu do caso) e a mãe.

“Parei a motocicleta na frente e o chamei para conversar. Ele saiu da casa do atual réu com um facão na mão. Alertei que estava armado e mandei ele colocar o facão no chão, mas ele não obedeceu”, cita o documento assinado por ele.

Ainda conforme o autor confesso, ele viu que a vítima foi para cima e atirou, fugindo para casa em seguida. Por fim, o autor cita que não conhecia o atual réu, mas soube que ele estava sendo processado pelo homicídio e por isso resolveu relatar a verdade.

Na denúncia, consta que o crime teria sido cometido por ciúmes, porque a vítima abrigava a prima do autor (o atual réu) em sua residência. Naquele dia, ainda conforme o Ministério Público, a vítima levou o filho adotivo na casa da mãe e, ao retornar, foi abordado pelo réu.

Houve uma discussão, sendo que o réu estava armado e atirou. Momentos antes, o autor já havia efetuado disparos de arma de fogo na frente da casa da vítima, como alerta. Logo após o crime, o réu teria fugido com um indivíduo não identificado. 

Fale com a Redação