É grave o estado de saúde do homem de 34 anos suspeito de matar a ex-namorada, de 28 anos, em Corumbá em crime ocorrido na madrugada de quarta-feira (22). Ele atirou contra a própria cabeça horas após o crime e, de acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, ele apresenta sinais de morte cerebral e precisa passar por um exame de tomografia para atestar sua condição de saúde, entretanto, o equipamento do hospital está quebrado.
De acordo com o boletim médico, desde a internação o paciente apresenta “sinais iminentes de morte encefálica” por estar “sem sedação e sem reflexos vitais para manutenção da vida”. Hoje, ele está em coma, respirando com suporte de aparelho de ventilação mecânica e medicação para manter pressão arterial “minimamente adequada”. O suspeito pelo crime está sendo monitorado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), responsável pela investigação do crime.
Conforme a DAM, na terça-feira (21) o casal jantou fora de casa e retornou por volta das 23 horas. Foi nesse momento que os dois começaram a discutir por motivos ainda desconhecidos. Em dado momento, o homem passou a agredir a torturar a mulher. Foram ao menos 25 minutos de socos, chutes e humilhações. Depois, a vítima foi esfaqueada no rosto, braço, barriga e teve até mesmo o cabelo cortado pelo agressor.
Antes de fugir da casa, o homem ligou para uma pessoa e disse que havia feito “uma besteira” e passou o endereço do local. Essa pessoa foi quem encontrou o corpo da vítima e acionou a polícia. Na casa, foram identificadas marcas de sangue na entrada, ela foi encontrada sentada em um sofá na sala, com várias perfurações. O cômodo estava com garrafas de cerveja quebradas, objetos como celular e documento da vítima cortados ao meio e sangue no chão e nas paredes. A arma do crime não foi encontrada.
Familiares relataram à polícia que o suspeito estava separado há três meses da vítima e seria uma pessoa bastante agressiva e ciumenta. De acordo com a polícia, o suspeito fugiu em uma moto de luxo. O homem possui passagens por violência doméstica, registrado em março de 2022, além de lesão corporal contra a vítima.