O homem de 61 anos que matou uma jovem de 22 anos e deixou outra, de 27, ferida, durante um programa sexual numa fazenda de São Gabriel do Oeste, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça.
Na audiência de custódia, realizada ontem (25), a juíza Samantha Ferreira Barione citou que o autor é perigoso. “Aparentemente o custodiado vem agindo de forma violenta e descontrolada”, destacou na sua decisão.
O crime aconteceu no fim da manhã de domingo (23). Na ocasião, o autor contratou a jovem e sua amiga para fazer um programa sexual na propriedade em que trabalhava, prometendo dar R$ 1 mil, R$ 500 para cada uma.
Por volta das 11h17, a amiga da vítima e o autor discutiram sobre o pagamento de uma pensão. Conforme a investigação do caso, os dois têm um filho, porém, o mesmo não foi registrado pelo autor.
Na briga, o homem estava armado e entrou em luta corporal com a mulher. Ele conseguiu recuperar a espingarda e acertar um tiro na nuca da jovem, que morreu na hora. A dinâmica foi registrada por câmeras de videomonitoramento.
Depois, atirou contra a amiga e a estrangulou com um fio. O autor desovou os corpos em uma área de mata, próxima de uma cachoeira, e ligou para o genro confessando ter matado duas pessoas.
Entretanto, a mulher tinha se fingido de morta e acordou já na mata. Na sua versão, disse que tirou as roupas e se escondeu até ser encontrada pelo vizinho da fazenda algumas horas depois, ferida.
Os pertences das vítimas foram dispensados em meio a entulho, atrás da casa do autor. Para tentar atrapalhar as investigações, o autor desligou as câmeras que tem na fazenda por um período.
Na sequência, fugiu, mas foi localizado e preso em flagrante na madrugada de segunda-feira. Com ele, a polícia apreendeu os celulares das vítimas, que estavam em uma bolsa. Em interrogatório, o idoso se manteve calado.
A arma do crime, um revólver Caramuru .22, foi apreendido, assim como 26 munições e uma luneta que estavam em um guarda-roupa da fazenda.
A mulher confessou que já havia feito programa sexual com o autor em outras ocasiões e que ele sempre ficava ligando e mandando mensagens para ela, querendo um relacionamento sério, porém, ela sempre rejeitou.
Para a juíza, o fato de ele ter fugido mostra necessária a prisão, além de as provas serem suficientes para provar a autoria do crime. Também, a magistrada salientou que manterá o autor preso para assegurar a integridade física da sobrevivente, mãe do seu filho.
