05/03/2015 16h00
Imprensa paraguaia compara ex-prefeito a Pablo Escobar
O jornal paraguaio ABC Color publicou material na manhã desta quarta-feira (5) após a confirmação da prisão do ex-prefeito de Ypejhú, Vilmar Neneco Acosta Marques o comparando ao chefe do tráfico de drogas colombiano, Pablo Escobar, morto em dezembro de 1993.
Neneco comandava o município que faz divisa com o Brasil através de Paranhos e é investigado por crimes de homicídio e tráfico de drogas no país vizinho.
Segundo a publicação, o político causou pânico e medo na população para tomar conta da cidade localizada no departamento de Canindeyú.
“Os moradores afirmam que “Neneco” tinha a área como uma região livre. Ele operava com ajuda de capangas e deixava todos assustados, a ponto de roubar gado dos agricultores e como forma de intimidação os ameaçava caso denunciassem”, diz trecho do material publicado no periódico.
Vilmar teria aproveitado a queda do traficante brasileiro ‘Fernandinho Beira-Mar’ para entrar em guerra com outras famílias paraguaias na intenção de controlar e monopolizar o tráfico de entorpecentes no seu país, principalmente nas áreas de fronteira seca.
Ainda conforme o ABC Color, o político deu início à queima de arquivo através de crimes de pistolagem em 2010, quando assassinou o segurança de outro traficante da região.
A violência continuou em 1º de Janeiro de 2012. Seus pistoleiros mataram uma mulher identificada como Secundina Martínez Vallejos na frente de seus dois filhos. Os bandidos chegaram em uma motocicleta e começaram a atirar, atingindo um com deficiência física. Na época falou-se de um ajuste de contas, por razões políticas.
Em janeiro de 2013, ele teria entrado numa cadeia da cidade em que comandava, para libertar um de seus capangas que havia sido preso dias antes por conta de uma suposta ligação com o assassinato de um jovem de 19 anos.
Em agosto de 2014, o ex-prefeito de Ypejhú, Julian Nunez foi morto por um grupo de assassinos que estava pilotando motocicletas. Nunez estava emergindo como um possível rival de Neneco na política. Sua morte foi ligada imediatamente para o grupo liderado por ele, mas os promotores paraguaios nunca tomaram medidas sobre o caso.
Ele também é suspeito de envolvimento nos assassinatos de Gregorio López Salinas, 37, esposo da vereadora de Ypejhú, Elisa Lomaquis (ANR) no dia 20 de fevereiro deste ano e do jornalista do diário ABC Color, Pablo Medina junto da companheira Antonia Almada, no ano passado.
A prisão do suspeito ocorreu através da Polícia Civil numa propriedade rural de Caarapó no final da tarde de ontem e o rapaz foi encaminhado para Campo Grande.
Com informações do site Dourados News e ABC Color