A situação deve ter impressionado até os próprios agentes penitenciários, que em tese cuidam de “entrada e saída” nos presídios de Mato Grosso do Sul. Imagina a impressão ou até ‘susto’ do cidadão de fora, ao ler a notícia e imaginar a situação de que em uma penitenciária de “segurança máxima” foram encontrados celulares, drogas e até explosivos.
A pergunta é como entrou tudo isto e principalmente o explosivo, encontrado após fiscalização externa, chamada pente-fino, que foi realizado nesta quarta-feira (24), na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A ação faz parte da quarta fase da Operação Mute, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com o Governo do Estado.
A ação resultou na apreensão de aparelhos de telefone celular, drogas e dois explosivos de fabricação caseira no Raio-II da casa de detenção, onde encontram-se integrantes de facção criminosa.
De acordo com o apurado, policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) estiveram no município para detonar as bombas. Apesar da fabricação caseira, o poderio da explosão foi de grandes proporções, segundo relatado pelas autoridades presentes.
E ainda não tem responsáveis
Conforme a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Púlbica de MS), não houve flagrantes durante o pente-fino e as ações contra os presos foram de ordem administrativas, sob ação da Agepen (Agência Penitenciária)
A Agepen apontou que as vistorias tiveram início por volta das 8h, com a participação de operacionais do COPE (Comando de Operações Penitenciárias), responsáveis pela retirada e contenção dos presos, bem como policiais penais da própria penitenciária, encarregados das inspeções, além de membros da área de inteligência.
A intenção da operação é tirar de circulação aparelhos de comunicação em posse dos presos.
“As revistas realizadas durante a Operação Mute têm como foco principal a busca por aparelhos celulares, que são considerados as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para perpetuar delitos dentro e fora das prisões, contribuindo para o avanço da violência nas ruas. Esta ação é a maior realizada pela Senappen no contexto de combate ao crime organizado, envolvendo um grande número de estados participantes, policiais penais federais e estaduais, além de unidades prisionais estaduais revistadas”, diz a Agência, em nota encaminhada à imprensa.