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quarta-feira, 8 de janeiro, 2025
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Inadimplência aumenta em Campo Grande e 2025 começa com desafios econômicos

O ano de 2025 começou com uma preocupação crescente para consumidores e varejistas: o aumento da inadimplência. Dados divulgados pelo SPC Brasil, em parceria com a CDL Campo Grande, revelam que 63% da população de Campo Grande estava inadimplente em dezembro de 2024. Esse número reflete um cenário desafiador para a economia local, que tende a impactar tanto os consumidores quanto os lojistas da cidade.

Para os comerciantes, a situação é ainda mais preocupante. 70% dos lojistas locais apontaram a inadimplência como a maior dificuldade para este ano, o que pode prejudicar a recuperação e o crescimento das empresas, especialmente em um cenário econômico delicado.

Adelaido Vila, presidente da CDL Campo Grande, enfatiza os impactos negativos da inadimplência: “Ela aumenta o custo de concessão de crédito, limita o acesso a novas linhas de financiamento e afeta diretamente o crescimento das empresas e o desenvolvimento econômico”, afirmou. Além disso, o cenário de endividamento dificulta a recuperação da economia e impacta diretamente a confiança do consumidor.

Mato Grosso do Sul, onde Campo Grande é a capital, ocupa a quinta posição no ranking dos estados brasileiros com maiores índices de inadimplência, com 52,16%. Os estados com maiores índices são: Amapá (61,10%), Distrito Federal (58,02%), Rio de Janeiro (54,94%) e Amazonas (53,48%).

Principais causas da inadimplência

De acordo com um levantamento realizado pela plataforma de crédito “Meutudo”, o cartão de crédito lidera as causas da inadimplência no Brasil, sendo responsável por 36% das dívidas dos consumidores. Em seguida, aparecem o empréstimo pessoal (10%) e as contas básicas como energia elétrica, água e internet (9%).

Outros fatores também contribuem para o endividamento, como as compras no boleto, o financiamento de automóveis e empréstimos (6% cada), enquanto dívidas com dinheiro emprestado, plano de saúde, aluguel e empréstimos com garantia representam percentuais menores.

Esse quadro desafiante exige atenção tanto dos consumidores, que precisam repensar seu comportamento financeiro, quanto dos varejistas, que devem lidar com a restrição de crédito e a dificuldade em realizar vendas. O ano de 2025 promete ser de muitos ajustes e cautela para quem depende do consumo e das relações comerciais.

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