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domingo, 19 de janeiro, 2025
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Inca destaca a importância da atividade física na prevenção e controle do câncer

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde (MS), reforçou em comunicado recente a relevância da prática de atividades físicas para a prevenção e o controle do câncer. Alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o documento ressalta os benefícios dos exercícios para a saúde física e mental, promovendo bem-estar, qualidade de vida e maior autonomia social.

Segundo o Inca, a prática regular de exercícios pode reduzir os riscos de diversos tipos de câncer, como os de mama, próstata, endométrio, cólon e reto. O coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, destacou que o posicionamento tem o objetivo de desmistificar a ideia de que o repouso é a melhor estratégia para pacientes oncológicos.

“O documento enfatiza que existem políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem atividades físicas para a população brasileira. Além disso, profissionais de saúde, como fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros, podem ajudar a adaptar a prática de exercícios às necessidades de cada paciente”, afirmou Carvalho.

Impacto no combate ao câncer

De acordo com o Inca, a atividade física não apenas contribui para a prevenção da doença, mas também reduz a mortalidade de alguns tipos de câncer e melhora a qualidade de vida de quem está em tratamento. Entre os benefícios relatados estão o controle de sintomas como a fadiga oncológica, a melhora na qualidade do sono e o fortalecimento do estado psicossocial dos pacientes.

Números do Ministério da Saúde revelam a dimensão do problema no Brasil. Em 2023, foram registrados 704 mil novos casos de câncer no país, com maior incidência nas regiões Sul e Sudeste. Entre os homens, o câncer de próstata foi o mais frequente (71.730 casos novos), seguido pelos de cólon e reto (21.970) e de traqueia, brônquios e pulmões (18.020). Já entre as mulheres, o câncer de mama liderou com 73.610 casos, seguido pelos de cólon e reto (23.660) e de colo do útero (17.010).

No ano de 2021, o câncer de próstata foi responsável por 16.300 mortes entre os homens, enquanto o de mama causou 18.139 óbitos entre as mulheres.

Adaptações e acessibilidade

O Inca também reforça que a atividade física deve ser adaptada às condições de cada indivíduo, sendo essencial que a equipe de saúde acompanhe a introdução de exercícios no dia a dia do paciente. Mesmo para aqueles sem acesso a profissionais especializados, pequenas mudanças, como caminhar mais e reduzir o uso do carro em trajetos curtos, já podem trazer benefícios.

“A atividade física sistematizada, como frequentar uma academia ou participar de corridas com supervisão, é ideal, mas não é uma condição indispensável para aproveitar os benefícios. Simples ajustes na rotina também ajudam bastante”, destacou Carvalho.

Com essas iniciativas, o Inca reforça a importância de políticas públicas e práticas individuais para enfrentar um dos maiores desafios de saúde pública do Brasil.

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