Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) indicam que ao longo deste ano já foram mais de 800 mil hectares destruídos por incêndios no Pantanal.
Em números exatos, até o último dia 23 deste mês foram 802.875 hectares queimados no bioma. Para efeitos de comparação, no ano passado, neste mesmo período foram somente 32 mil hectares incendiados, ou seja, houve um aumento de 2.362%.
Já o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que em 2020, de janeiro a julho, foram destruídos 395.075 hectares, ou seja, em 2024 são 103% a mais de áreas afetadas pelos incendios.
Engana-se quem acha que os incêndios estão perto de acabarem, pelo contrário, a previsão do site Climatempo indica que os próximos meses serão de tempo seco e de muito calor, sem expectativa de chuvas.
Os animais que vivem no Pantanal são os que mais sofrem com esse cenário. De acordo com o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap), cobras, jacarés e anfíbios são a maioria entre os animais encontrados mortos pelo fogo.
Brigadistas do PrevFogo, Corpo de Bombeiros, Exército e militares enviados pela Força Nacional atuam no combate às chamas no Pantanal. São mais de 500 profissionais e 11 aeronaves, incluindo Air Tractors, helicópteros e o cargueiro KC-390.
A estrutura ainda conta com 39 veículos, entre caminhonetes, caminhões e lanchas. Algumas cidades de Mato Grosso do Sul seguem em situação de emergência, após decreto do governo estadual.
