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sábado, 11 de janeiro, 2025
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Índice ABCR registra queda de 1,2% em dezembro, mas fecha 2024 com alta acumulada de 3,3%

O Índice ABCR, que mede o fluxo pedagiado de veículos nas rodovias brasileiras, registrou uma queda de 1,2% em dezembro de 2024 na comparação dessazonalizada com novembro. O indicador é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) em parceria com a Tendências Consultoria.

A retração no último mês do ano foi puxada pela redução de 3,3% no fluxo de veículos pesados, enquanto o movimento de veículos leves teve uma queda mais moderada, de 0,3%. Os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves, apontam que o desempenho de dezembro foi impactado pela posição das festas de Natal e Ano Novo, que ocorreram em terças-feiras, reduzindo o número de dias úteis no mês.

Além disso, o ambiente macroeconômico mais desafiador, com condições de crédito restritivas e maior incerteza econômica, também contribuiu para a queda no transporte de cargas pela indústria e pelo comércio varejista.

Comparativo anual

Na comparação com dezembro de 2023, o índice total teve um leve aumento de 0,3%, impulsionado pelo crescimento de 0,6% no fluxo de veículos leves, que compensou a queda de 0,7% nos veículos pesados.

Já no acumulado de 2024, o índice ABCR registrou alta de 3,3%. Esse avanço foi resultado de um aumento de 2,9% no fluxo de veículos leves e de 4,6% nos pesados, refletindo a recuperação econômica ao longo do ano, especialmente no primeiro semestre.

Índice ABCR registra queda de 1,2% em dezembro, mas fecha 2024 com alta acumulada de 3,3%

Fatores econômicos em destaque

De acordo com os analistas da Tendências Consultoria, o desempenho anual foi favorecido pelo fortalecimento do poder de compra das famílias, impulsionado pelo crescimento da massa de rendimentos e pela ampliação de transferências de renda. Esses fatores estimularam o consumo, beneficiando tanto viagens de lazer quanto a circulação de bens de consumo.

Por outro lado, o transporte de cargas enfrentou pressões nos últimos meses de 2024 devido às condições de crédito restritivas e a um cenário macroeconômico mais incerto. Mesmo assim, a expectativa de uma safra recorde de grãos em 2025 pode oferecer suporte à demanda por fretes, ajudando a equilibrar os desafios previstos para o setor nos próximos meses.

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