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sábado, 18 de janeiro, 2025
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Israel aprova acordo de cessar-fogo com o Hamas e libertação de reféns

O gabinete do governo de Israel aprovou nesta sexta-feira (17) um acordo de cessar-fogo com o Hamas, incluindo a libertação de reféns, conforme anunciado em uma declaração do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A proposta foi aprovada após uma votação entre os 33 membros do gabinete, que decidiram por maioria simples, encerrando uma reunião que durou mais de seis horas e terminou nas primeiras horas deste sábado (18), horário local.

O acordo, que entra em vigor neste domingo (19), prevê uma trégua de seis semanas, marcada por uma série de trocas de reféns e prisioneiros, além de permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, área devastada pela guerra. Espera-se que três reféns israelenses sejam libertados no primeiro dia do acordo, e Israel se prepara para libertar 95 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres, homens e 10 menores de idade.

O acordo também permitirá que civis palestinos retornem a Gaza, com um fluxo significativo de ajuda humanitária, incluindo alimentos e medicamentos, para uma região que enfrenta uma grave crise humanitária. O Ministério da Justiça israelense detalhou que 70 mulheres e 25 homens palestinos serão libertados no primeiro dia, e haverá reconstrução de infraestrutura em Gaza, como hospitais e padarias.

A trégua marcará a primeira pausa significativa nas hostilidades após mais de um ano de bombardeios e incursões militares, que começaram após o Hamas invadir Israel e matar 1.200 pessoas em 2024. A situação em Gaza, com uma população civil em condições extremas, tem gerado apelos internacionais para um cessar-fogo.

Apesar da aprovação, a Suprema Corte de Israel ainda avaliará eventuais apelações contra a libertação de prisioneiros palestinos, embora não se espere que isso atrase o início do acordo.

O governo israelense, que enfrenta crescente pressão interna, continuará a implementar a resolução enquanto a comunidade internacional observa os desdobramentos, com esperanças de que este acordo possa abrir caminho para um fim duradouro ao conflito de 15 meses entre Israel e o Hamas.

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