Sistema de bandeiras tarifárias sinaliza custo da geração de energia. Desde 16 de abril, está em vigor a bandeira verde, que não gera taxa extra para consumidores.
Janeiro começa com boas notícias para o bolso dos consumidores. “Não haverá cobrança adicional nas contas de luz”. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu manutenção da bandeira tarifária cor verde para o mês. A decisão reflete a melhora nas condições de geração de energia, impulsionada pelas chuvas que elevaram os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Segundo a Aneel, o período chuvoso foi determinante para o aumento da geração nas hidrelétricas, reduzindo a necessidade de acionar usinas termelétricas, que têm custos mais elevados. “Dessa forma, se aciona menos empreendimentos com energia mais cara”, explicou a agência em nota.
A bandeira verde foi aplicada de forma contínua entre abril de 2022 e julho de 2024. Após um breve período de alterações, voltou a vigorar em dezembro de 2024 e seguirá em janeiro de 2025 devido às condições favoráveis de geração de energia.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. O modelo sinaliza ao consumidor o cenário de geração de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), afetando diretamente o valor das contas de luz.
- Bandeira verde: sem acréscimos.
- Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
- Bandeira vermelha (patamar 1): acréscimo de R$ 4,463 por 100 kWh.
- Bandeira vermelha (patamar 2): acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh.
Entre setembro de 2021 e abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica, com custo adicional de R$ 14,20 a cada 100 kWh, o que impactou significativamente as contas de energia.
A manutenção da bandeira verde para janeiro de 2025 é uma boa notícia para os consumidores, que continuarão a pagar apenas pelo consumo registrado, sem custos extras relacionados à geração de energia.