33.3 C
Campo Grande
quinta-feira, 20 de março, 2025
spot_img

Júri do assassinato de estudante entra no segundo dia de depoimentos de testemunhas

O julgamento de Jamil Name Filho, o Jamilzinho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios, pela morte do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, em abril de 2019, entra no segundo dia de depoimentos de testemunhas, no Tribunal do Júri de Campo Grande.

De acordo com Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, hoje devem ser devem ser ouvidas seis testemunhas, uma de acusação e cinco de defesa.

O dia começa com depoimento do delegado do Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestos (Garras), Pablo Dacosta Sartori, testemunha de acusação, que estava marcado para ser ouvida ontem (17), mas houve interrupção após quase 10 horas de julgamento.

Na sequência, serão ouvidas testemunhas elencadas pela defesa dos réus. Na lista de Jamilzinho, falam o advogado, Silvano Gomes Oliva; psiquiatra, Leonardo Fabrício Gomes Soares; e Eliane Benitez Batalha dos Santos, que é mulher de Marcelo Rios e presta depoimento também à tarde, a favor do marido.

No período da tarde, os jurados ouvem as testemunhas de Marcelo Rios. O primeiro a depor deve ser Orlando de Oliveira de Araújo (o Orlando Curicica, ex-policial militar e chefe de milícia no Rio de Janeiro) e Eliane. A defesa de Vladenilson arrolou as testemunhas Mário Cesar Velasque Ale (policial civil) e Wagner Louro da Rocha.

A expectativa é que até quarta-feira (18) a parte de instrução, ou seja, os depoimentos de testemunhas, seja encerrada. Nesta etapa os depoimentos servem para que os jurados ouçam e embasem suas opiniões.

O julgamento em questão deve acabar sexta (21) ou sábado (22), um dos mais longos que se tem notícia em Mato Grosso do Sul.

Primeiro dia

O primeiro dia foi marcado pela oitivas de testemunhas de acusação. Entre as testemunhas, estava a delegada Daniela Kades, ouvida pela manhã. Já à tarde prestaram depoimentos os delegados Tiago Macedo e Carlos Delano. Depois foi ouvido o policial militar reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier, conhecido como “PX”, pai de Matheus e o investigador da Polícia Civil, Jean Carlos de Araújo e Silva

O caso

O trio é acusado pela morte do estudante Matheus Coutinho Xavier em abril de 2019, quando ele tinha 19 anos. Ele teria sido fuzilado no lugar de seu pai, Paulo Roberto Teixeira Xavier, considerado desafeto da família Name. Eles estão presos desde setembro de 2019, cinco meses depois do assassinato de Matheus.

Uma das linhas da investigação pela Polícia e Ministério Público, destaca que dois pistoleiros foram de carro para a frente da casa de PX, bairro nobre da cidade e, lá, dispararam tiros de fuzil contra uma caminhonete que saia da garagem. O pai estava na casa, mas pediu para o filho sair com o carro cumprir uma tarefa, pois ele estaria estudando para concurso público.

Conclusões da apuração apontam que os matadores de aluguel crivaram de bala o veículo sem notarem que quem o guiava era Matheus, o filho, não PX, que é capitão reformado [o mesmo que aposentado] da Polícia Militar de MS.

A dupla pistoleira seria, segundo a investigação, José Moreira Freire, o Zezinho e Juanil Miranda Lima, ligados à família Name, conforme a apuração.

Zezinho foi morto numa suposta troca de tiros em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em dezembro de 2020. Juanil sumiu do mapa desde o crime do rapaz.

Fale com a Redação