A superpopulação de animais abandonados em Dourados continua sendo uma preocupação significativa, especialmente nas aldeias indígenas, onde o acesso limitado a serviços veterinários tem levado a um aumento descontrolado de cães e gatos. Preocupada com a situação, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) solicitou ao governador Eduardo Riedel (PSDB), ao secretário de Saúde, Maurício Simões Corrêa, e ao prefeito Marçal Filho (PSDB) a implementação de um programa permanente de castração de cães e gatos no município, com a presença fixa de um médico veterinário no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Embora dados específicos atualizados sobre a população de animais em Dourados não estejam disponíveis, informações de anos anteriores indicam que o município já enfrentava desafios relacionados ao número de animais abandonados. Por exemplo, em 2016, mais de 44 mil cães e gatos foram vacinados na cidade, sugerindo uma população significativa de animais de estimação na época. Além disso, em 2019, estimava-se que aproximadamente mil cães e gatos viviam nas ruas de Dourados.
Observando tendências em outras cidades, como Campo Grande, onde a população de cães e gatos aumentou cerca de 40% entre 2015 e 2022, estima-se que Dourados também tenha experimentado um crescimento na população animal nos últimos anos.
A deputada Lia Nogueira destaca que a castração é uma medida eficaz e humanitária para controlar a multiplicação descontrolada de cães e gatos. “Com um programa permanente, podemos atender tanto o centro urbano quanto as comunidades indígenas, reduzindo o abandono e prevenindo doenças”, explicou.
Ela também enfatiza a necessidade de um médico veterinário fixo no CCZ para realizar castrações regularmente. “Muitas famílias não têm condições de pagar por uma castração particular. Se o município oferecer esse serviço, conseguiremos avançar no controle da população animal e na prevenção de doenças”, destacou a deputada.