Ainda faltando mais pouco menos de dois anos para a realização das eleições presidenciais de 2026, os nomes de eventuais postulantes já começam a ser trabalhados pelos partidos e grupos políticos. Na projeção atual, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o favoritismo ante alguns pré-cogitados adversários.
É exatamente isso que mostrou a pesquisa produzida pelo Instituto Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (12). Se as eleições fossem hoje, Lula estaria reeleito para o seu quarto mandato, vencendo políticos como Jair Bolsonaro (PL – inelegível), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB) e o Ronaldo Caiado (União – inelegível).
A pesquisa também questionou os entrevistados se acham que Lula deveria concorrer mais uma vez ao cargo e, para a maioria, 52%, a resposta foi negativa, ou seja, não deveria mais participar da disputa eleitoral. Em outubro, a rejeição à candidatura era maior, com 58% contrários e 40% favoráveis.
Segundo o instituto, a pesquisa foi realizada com 8.598 pessoas, de forma presencial, entre os dias 4 e 9 de dezembro, ou seja, antes de Lula ser internado por conta de um sangramento na nuca. A margem de erro é de 1 ponto percentual e o índice de confiança é de 95%.
Cenários de 2026 com Lula candidato
Cenário 1:
• Lula: 51%
• Bolsonaro: 35%
• Indecisos: 3%
• Branco/Nulo/Não vai votar: 11%
Cenário 2:
• Lula: 52%
• Tarcísio de Freitas: 26%
• Indecisos: 5%
• Branco/Nulo/Não vai votar: 17%
Cenário 3:
• Lula: 52%
• Pablo Marçal: 27%
• Indecisos: 4%
• Branco/Nulo/Não vai votar: 17%
Cenário 4:
• Lula: 54%
• Ronaldo Caiado: 20%
• Indecisos: 5%
• Branco/Nulo/Não vai votar: 21%
Substituto de Lula
O estudo também revelou um dado interessante. Caso Lula não seja candidato em 2026, o substituto dele nas urnas deveria ser o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), citado por 27% dos entrevistados. Essa situação aconteceu em 2018, quando Bolsonaro foi eleito presidente com mais de 57 milhões de votos (55,13%), enquanto o petista somou 47 milhões de votos (44,87%) no segundo turno.
Segundo a pesquisa, Fernando Haddad venceria todos os mesmos adversários de Lula, sendo contra Bolsonaro teria 42% contra 35%. Em uma disputa contra Tarcísio, venceria por 44% a 25%. Já contra Marçal, Haddad seria o vitorioso por 42% a 28%. Por fim, contra Caiado, o chefe da Fazenda ganharia o pleito por 45% a 19%.
Outras opções mencionadas para o lugar de Lula foram o ex-ministro Ciro Gomes (17%), o vice-presidente Geraldo Alckmin (14%), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (4%), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (2%), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (2%). 33% não responderam ou não souberam responder.
Na avaliação geral do governo Lula, as opiniões dos eleitores estão divididas: 33% têm avaliação positiva, 31% negativa e 34% consideram a administração regular. Na comparação com os dois mandatos anteriores do presidente, essa é a pior avaliação dele. Em 2004, o governo Lula tinha 41% de avaliação positiva e em 2008, 73%.
Situação econômica piorou
Os dados da pesquisa mostram ainda que a situação econômica piorou nos últimos doze meses para 40% dos entrevistados (41% em outubro), melhorou para 27% (contra 33%) e ficou igual para 30% (contra 22%). No mesmo período, o poder de compra dos brasileiros diminuiu na avaliação de 68%, aumentou para 19% e ficou igual para 12%.
Para os próximos 12 meses, a expectativa de 51% da população é que a economia melhore (eram 45% em outubro). Já 28% esperam piora (eram 36% em outubro) e 17% não acreditam em mudança no panorama econômico (eram 18% em outubro).