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quinta-feira, 30 de janeiro, 2025
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Mãe de bebê encontrado morto em Bataguassu vai responder por homicídio

A jovem de 21 anos presa pela morte do próprio filho de sete meses, em Bataguassu, passou por audiência de custódia na segunda-feira (27) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça. O crime foi registrado na última quinta-feira (23), em Bataguassu, e chocou a comunidade local.

O juiz responsável, Rodrigo Pedrini Marcos, de Três Lagoas, justificou na sua decisão que o crime praticado pela jovem era grave e foram praticados contra uma criança menor de um ano, além disso, a vítima é o próprio filho da autora.

Ainda conforme consta, ele acolheu o pedido da investigação para que os atos sejam considerados como homicídio. “Acolho a manifestação para considerar os atos praticados como homicídio com dolo eventual qualificado”, finalizou.

Com a decisão, a jovem será transferida para um presídio feminino estadual, onde irá aguardar pela conclusão do inquérito e o eventual julgamento do caso.

O crime

Conforme a atualização da investigação, a autora confessou em depoimento que faz uso excessivo de álcool e tabaco constantemente e que, inclusive, na noite anterior ao crime, ingeriu uma caixa de cerveja juntamente com sua mãe e o padrasto.

O exame de necropsia constatou inúmeras lesões na vítima, como cicatrizes antigas em região abdominal, inguinal direita e joelhos, equimose em região occipital associada a extravasamento de sangue pelo conduto auditivo direito e hemorragia subdural difusa.

Sobre a possível causa da morte, o laudo apontou para asfixia mecânica secundária a traumatismo cranioencefálico seguido de hemorragia subdural aguda. O boletim de ocorrência cita ainda que a vítima e a mãe vivam em situação de precariedade.

Sobre as lesões, a jovem disse desconhecer os motivos e, sobre a morte da filha, alegou que deu mama para ela durante a madrugada e foi dormir com ela na cama, sendo que por volta das 07h da quinta-feira, ao acordar, percebeu o bebê desfalecido.

O Corpo de Bombeiros foi acionado pela mãe dela, mas apenas confirmou o óbito, fazendo o transporte do corpo até a Santa Casa, onde o médico de plantão também confirmou a morte, alegando “sinais de cicatrizes atípicas para a idade”.

Em seguida, a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) recebeu a informação de que uma bebê de apenas sete meses deu entrada no hospital sem sinais de vida e com certa rigidez cadavérica e as extremidades arroxeadas.

Durante a apuração dos fatos, a mãe da vítima foi presa devido às lesões existentes na criança. Ela foi enquadrada, no primeiro momento, pelo crime de maus tratos com resultado morte.

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