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quarta-feira, 18 de setembro, 2024
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Mãe de criança estuprada e morta na Capital tem prisão preventiva decretada pela Justiça

A mãe da menina de 11 anos morta no domingo (11), em Campo Grande, após ter sido estuprada por um homem de 31 anos, passou por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (13) e teve a prisão em flagrante convertida para provisória pela Justiça. Ela vai responder pelo crime de abandono de incapaz.

A mulher não compareceu ao velório da filha, ocorrido durante a manhã e tarde de hoje, e também não se manifestou para poder ir ao mesmo. Agora ela está sendo alojada no Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, onde aguardará pela conclusão do inquérito e o eventual julgamento do caso que definirá a sua pena.

De acordo com o resultado da audiência, a mulher relatou em sua defesa que, antes de sair de casa, preparou e deixou pronta uma janta para os filhos. Durante a tarde, ela saiu junto de um amigo com quem estava bebendo cerveja desde às 12 horas para ir a um bar naquelas imediações.

Ainda em sua versão, contou que recolheu os filhos para dentro da casa e trancou a porta da frente com um cadeado que fica no lado de fora. Em seguida, saiu da residência junto com o sujeito e só retornou durante a noite, momento em que encontrou a filha já sem vida no chão da cozinha.

Assassino já está preso

Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (12), o delegado Roberto Morgado disse que o homem responsável pelo estupro e assassinato de uma criança de 11 anos ocorrido na noite de domingo (11), em Campo Grande, confessou a autoria do crime. M.A.P. tem 31 anos e é um velho conhecido das autoridades policiais, sendo que já respondeu por maus-tratos contra crianças e violência doméstica praticada contra uma ex-esposa que estava grávida dele de 15 semanas.

De acordo com a investigação, ele relatou que foi até o endereço para procurar pela mãe da criança, com quem tinha combinado um programa para áquela noite. Ele chamou pela mulher, que não respondeu e então decidiu entrar porta dos fundos, momento em que encontrou a menina na cozinha. Nisso, a criança começou a gritar por socorro e ele deu um soco e bateu a cabeça dela contra o chão.

Ele negou que tenha estuprado a menor, entretanto, a perícia apontou e confirmou que a vítima foi abusada sexualmente e com penetração. O assassino chegou a dizer que colocou os dedos no órgão genital dela, mas afirmou não se lembrar de ato sexual pois estava bêbado naquele momento. O laudo constatou que a morte da menina foi por traumatismo craniano.

Ainda segundo o delegado que interrogou o homem, ele afirmou ser usuário de drogas, assim como a mãe da vítima e que ia com frequência na casa para usar drogas. O réu contou que manteve relações sexuais com a mãe da criança morta por pelo seis vezes em momentos diferentes e que desconfiava de que as crianças estavam sozinha na casa naquela noite.

Ao matar a menina, ele foi direto para a sua casa, onde lavou a roupa que estava usando e dormiu como se nada tivesse acontecido. O réu foi preso no início da tarde por equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) no momento em que estava indo ao local de trabalho nas imediações da casa onde a menina foi covardemente morta por ele. A polícia chegou até ele através das imagens captadas por câmeras de segurança.

Ele foi atuado em flagrante por estupro e homicídio, sendo que já foi solicitada a sua prisão preventiva. O delegado responsável pelo caso disse que o sujeito tem uma personalidade violenta e que demonstrou arrependimento após o depoimento. A investigação ainda não concluiu o inquérito e tenta agora comprovar a dinâmica do crime, já que a suspeita é de que o homem tenha estuprado a criança e depois a matado por medo dela o entregar para a polícia, já que sabia quem ele era.

O velório da menina de 11 anos está sendo organizado por responsáveis da Sociedade Assistencial MeiMei, onde a vítima era assistida. Os irmãos mais novos dela foram encaminhados para um abrigo pelo Conselho Tutelar. O crime chocou a rua onde a família morava, principalmente por todos conhecerem a criança, apelidada de ‘estrelinha’.

O caso

Na noite de domingo (11) uma criança de 11 anos foi encontrada morta dentro de casa pela mãe, que havia acabado de chegar de um bar e estava totalmente embriagada. A mulher deixou a criança tomando conta sozinha dos irmãos menores para poder sair de casa durante a tarde e a noite.

A mãe da vítima acabou presa por tentar agredir os policiais durante a ocorrência. Na sua versão, disse que os vizinhos não teriam olhado os seus filhos durante a sua ausência e por isso ela morreu.

O corpo da menina foi encontrada no chão da cozinha, com o rosto ferido, ensanguentada e sinais de violência sexual. O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e tentou reanimar por cerca de uma hora, mas ela não resistiu.

Os irmãos menores estavam no quarto da casa, sem ferimentos, um deles é um bebê e o outro tem três anos. Os dois foram recolhidos pelo Conselho Tutelar para um abrigo.  A mulher vai responder por abandono de incapaz. A polícia citou que não encontrou alimentos para as crianças na casa, além do local estar em condições precárias.

Vizinhos disseram que ouviram um homem chamando pela mulher durante a noite, no entanto, o fato é muito comum e não levantou qualquer suspeita dos moradores, que também disseram não ouvir gritos altos de socorro ou mesmo de dor. O caso foi registrado como homicídio qualificado, estupro de vulnerável e abandono de incapaz.

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