De acordo com a pesquisa, 62% da população é contra à reeleição do petista; 35%, a favor
Uma nova pesquisa do Instituto Ipec, divulgada neste sábado (15), aponta que 62% dos brasileiros são contrários à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a reeleição em 2026. O índice representa um aumento em relação a setembro do ano passado, quando 58% dos entrevistados se manifestavam contra um novo mandato do petista.
Por outro lado, 35% dos entrevistados acreditam que Lula deveria buscar a reeleição, uma queda em relação aos 39% registrados em setembro de 2023. A pesquisa também mostra que a rejeição à reeleição do presidente está presente até mesmo entre seus eleitores: cerca de 30% dos que votaram em Lula no segundo turno de 2022 acham que ele não deveria concorrer novamente.
Entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o índice de rejeição à candidatura de Lula chega a 95%. Já entre aqueles que anularam ou votaram em branco no segundo turno de 2022, 68% também se posicionam contra a reeleição do atual presidente.
O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 10 de fevereiro, com 2 mil entrevistas conduzidas em 131 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
Motivos da rejeição
O instituto também perguntou aos eleitores contrários à reeleição de Lula os motivos dessa posição. A principal razão apontada foi a insatisfação com o governo, citada por 36% dos entrevistados. Outros 20% mencionaram questões de corrupção, enquanto 17% destacaram a idade avançada do presidente, que terá 81 anos ao fim do atual mandato.
Entre os eleitores de Lula que são contrários à sua reeleição, a idade é o principal fator: 31% disseram que ele já está muito velho para disputar um novo mandato. Outros 27% acreditam que ele não está desempenhando um bom trabalho, enquanto 14% defendem que o presidente deveria abrir espaço para novas lideranças na política.
A pesquisa reforça os desafios que Lula pode enfrentar caso decida disputar um quarto mandato em 2026, considerando tanto a oposição quanto a insatisfação dentro de sua própria base eleitoral.