Ficou para a próxima semana a nova rodada de negociação entre a Prefeitura de Campo Grande e o ACP/MS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).
Os professores estiveram reunidos com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) no fim da tarde desta quinta-feira (24), após protestarem em frente à sede da administração pública.
Durante a manhã, o prefeito afirmou em entrevista à rádio Capital FM que já havia batido o martelo e que iria enviar o projeto de lei para a Câmara Municipal concedendo o reajuste de 32,18% parcelado até o mês de outubro de 2023.
Mas diante da manifestação nesta tarde, ele decidiu adiar a sua decisão e dar continuidade nas negociações.
As partes irão se reunir agora na quarta-feira (02), na véspera do início das aulas presenciais na REME.
Trad segue sustentando que a Prefeitura de Campo Grande não tem condições para dar o valor exigido pela nova Lei do Piso Nacional, publicada pelo Governo Federal no início deste mês de fevereiro.
Sem acordo
Na última proposta da Prefeitura, os professores iriam receber, já neste ano de 2022, 10,06% de reposição. Outros 11,06% seriam concedidos somente em maio de 2023 e mais 11,06% em outubro do mesmo ano, totalizando assim 32,28% de aumento salarial.
No entanto, a proposta não foi aprovada pelo sindicato, que decidiu protestar, inclusive, não descarta até mesmo entrar em greve caso o pedido da categoria não seja atendido.
Os professores da rede pública de ensino querem que seja cumprido o piso nacional e por isso pedem que seja aplicado o reajuste de 33,24% já para esse ano letivo de 2022. Segundo o sindicado, o percentual pode ser parcelado.
De acordo com a portaria do Governo Federal, o valor de 2022 do Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica é de R$ 3.845,63.
Dados da Prefeitura de Campo Grande apontam que, em 2021, a folha salarial dos professores custou R$ 931 milhões nos 12 meses.