05/11/2014 17h00
Menor se apresenta como autor de disparos que mataram ‘loucura’
Dourados News
Um adolescente de 17 anos se apresentou na Drai (Delegacia de Repressão ao Adolescente Infrator) de Dourados como o autor do assassinato de Rodrigo Vargas da Silva, 26, o ‘Loucura’. O crime aconteceu na madrugada de terça-feira (4).
Em depoimento, o menor que se apresentou na companhia de um advogado e entregou o revólver calibre 38 de onde teriam saído os disparos que mataram o rapaz e disse que cometeu o crime após reagir a provocações da vítima.
De acordo com o menor, ele foi convidado para a festa que aconteceu em um pesqueiro na Chácara dos Caiuás. O adolescente relatou ainda que teria ido até o local na companhia de três garotas de programa e no veículo Gol onde a polícia encontrou porções de droga. O carro seria do irmão e ele teria pegado o veículo ‘escondido’.
Ainda em depoimento o adolescente disse não conhecia ‘Loucura’ e que durante a festa teria sido provocado por ele várias vezes. Em determinado momento, ele disse que a vítima arremessou uma garrafa de bebida nele, que então reagiu e atirou duas vezes.
‘Loucura’ morreu no local e conforme a informação preliminar da perícia técnica da Polícia Civil, teve três ferimentos a bala. Logo após o crime, o menor disse que fugiu do local e se escondeu em uma mata próxima, onde teria passado a noite até a manhã do dia seguinte, quando procurou a família e foi informado que o homem no qual ele tinha atirado morreu. Depois, ele disse que foi atrás de um advogado e resolveu se apresentar.
Após prestar o depoimento, o adolescente foi liberado para responder pelo crime em liberdade.
A versão do menor é contrária a de testemunhas que também participavam da festa e relataram a polícia que ‘loucura’ teria sido atingido após tentar separar uma briga. O inquérito continua em andamento.
Presidente de associação de moradores também se apresenta
O presidente da Associação de Moradores do Jardim Canaã I, Adilson Freitas Valdez, 30, também se apresentou à polícia na manhã desta quarta-feira. Ele relatou em depoimento que a festa onde o assassinato aconteceu foi organizada por ele e um grupo de amigos e que não tinha o objetivo de arrecadar dinheiro.
Além disso, ele disse ainda que o evento nada tinha a ver com a associação, apesar dos convites da festa terem o carimbo da mesma. Valdez confirmou ter utilizado o carimbo, mas apesar como uma forma de organizar o evento que teria sido custeado com uma ‘vaquinha’ entre os amigos. Ele também foi ouvido e liberado pela polícia.
