Milho subiu 20% e soja 2,17%, em dezembro do ano passado, segundo análise feita por meio do boletim Preço X Comercialização, da Aprosoja/MS
O mercado agrícola de Mato Grosso do Sul registrou movimentos importantes ao longo de 2024, com variações notáveis nos preços e na comercialização de milho e soja. De acordo com o boletim Preço X Comercialização, publicado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), o milho apresentou um incremento de 20% em sua cotação em relação ao mesmo período de 2023, enquanto a soja teve um aumento modesto de 2,17%.
No mercado de milho, o preço médio da saca foi de R$ 56,97 em dezembro de 2024, com uma cotação futura de R$ 52,21 por saca, o que representou uma leve queda de 0,70% frente ao mesmo mês do ano anterior. A comercialização da safra de milho 2024 avançou significativamente, atingindo 74% do estoque até o final do ano, o que superou em 13,80 pontos percentuais o desempenho da safra anterior. No entanto, o valor real da comercialização, ponderado pelo volume vendido, foi inferior, encerrando com média de R$ 47,02 por saca.
Em contraste, a safra de milho 2025 experimentou um ritmo de comercialização mais lento, com apenas 9,80% do volume negociado até dezembro, 0,20% abaixo do mesmo período em 2023. O preço médio ponderado foi de R$ 49,47 por saca.
Já a soja enfrentou um cenário de preços mais desafiadores. Em dezembro de 2024, o preço médio da soja foi de R$ 130,13 por saca, com o preço futuro alcançando R$ 115,85 por saca, uma retração de 20,22% em relação a dezembro de 2023. Apesar disso, a comercialização da safra 2023/2024 atingiu 98,90% do volume, superando o desempenho do ano anterior em 9,76 pontos percentuais. O preço médio ponderado da soja foi de R$ 119,24 por saca.
A safra 2024/2025 da soja, por sua vez, também mostrou um desempenho acelerado na comercialização, com 30,80% da produção negociada até dezembro, e o preço médio de R$ 121,20 por saca, um aumento de 9,91% em comparação ao mesmo período de 2023.
O economista da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, destacou que a queda nas cotações futuras da soja é reflexo da instabilidade na produção, causada principalmente pela falta de chuvas em momentos críticos no desenvolvimento das lavouras, especialmente na região sul do estado. “Esse cenário de incerteza sobre a produção tem impactado o mercado, puxando as cotações para baixo”, afirmou Fernandes.
Para mais informações, consulte o boletim completo [aqui].