Levantamento foi feito em outubro e destaca Lei do Combustível do Futuro, aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula
Apesar de apoiarem a utilização de energia limpa, seis em cada dez brasileiros abastecem os carros, geralmente, com gasolina ou diesel. Do total dos entrevistados, 77% acreditam que a melhor alternativa no cenário automotivo é o carro elétrico. Segundo o levantamento, 66% dos brasileiros usam gasolina ou diesel, e 29% utilizam o etanol como principal combustível.
O dado consta em estudo para a Presidência da República realizado em outubro pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados. A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 7 de outubro. Foram entrevistados 2.004 cidadãos a partir dos 16 anos nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
O levantamento aborda também o aumento da mistura do etanol e do biodiesel à gasolina e diesel, uma das premissas da Lei do Combustível do Futuro, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida é desconhecida pela metade dos brasileiros (51%), mas, quando explicada, é vista por dois terços dos entrevistados na pesquisa como uma solução ambiental.
A lei estabelece que a nova margem de mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel vendido ao consumidor aumentará de 15% em 2025 para 20% em 2030. A margem de mistura de etanol à gasolina passará de 22% para 27%, podendo chegar a 35%.
De acordo com a pesquisa, 62% dos brasileiros acreditam nos benefícios que o projeto pode trazer para o país. Em relação ao percentual da mistura, os entrevistados se dividem: 44% dizem que a novidade vai aumentar o preço nas bombas, enquanto 44% afirmam que vai reduzir a eficiência dos automóveis, e 43% apostam em prejuízos ao motor dos carros.
Combustível do Futuro
O texto da lei cria um marco regulatório dos biocombustíveis e estimula a matriz energética de baixo carbono. Atualmente, o Brasil tem 88% da matriz elétrica limpa.
Em 2023, o país atingiu a menor taxa de emissão de gás carbônico por megawatt/hora de energia elétrica gerada em 11 anos. No SIN (Sistema Interligado Nacional), cerca de 70% da produção vem da energia hidrelétrica e 15%, da eólica.
Além disso, atividades de captura e armazenamento de dióxido de carbono precisarão de autorização da ANP (Agência Nacional de Petróleo), com permissão inicial de 30 anos, podendo ser renovada por mais 30 anos.
Fonte: R7