A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, vai cumprir agenda em Douradina nesta terça-feira (06). O objetivo será intermediar um acordo entre os indígenas e produtores rurais que estão em conflito na região desde a semana passada.
A vinda dela ao interior de Mato Grosso do Sul foi anunciada durante a audiência no STF (Supremo Tribunal Federal) que ocorreu na tarde de hoje para debater o chamado marco temporal, que busca reconhecer os territórios indígenas no País.
Pela programação divulgada, a comitiva ministerial deve desembarcar na Base Aérea de Campo Grande pela manhã. Os horários não foram confirmados ainda e nem mesmo será a ministra irá de carro ou de helicóptero até a comunidade indígena.
Uma delegação com representantes do ministério já foi enviada ao município de Douradina para tomar ciência da situação e preparar a área para a visita oficial. Nas últimas 48 horas, pelo menos 11 indígenas ficaram feridos por balas de borracha e munição letal.
No local há a Força Nacional, equipes da Polícia Militar, DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal). A área em disputa é de 12,1 mil hectares é chamada de Território Panambi Lagoa Rica.
Os indígenas Guarani Kaiowá realizam retomadas de um território já delimitado pela Funai em 2011. O documento que identifica a área como de ocupação tradicional indígena segue válido, porém, o andamento do procedimento demarcatório se encontra suspenso por ordem judicial.