A cantora e compositora Cristina Buarque faleceu neste domingo (20), aos 74 anos. A causa da morte não foi divulgada. A informação foi confirmada por seu filho, o cineasta Zeca Ferreira, por meio de uma publicação nas redes sociais.
“Uma cantora avessa aos holofotes. Como explicar um negócio desses em qualquer tempo? Mas como explicar isso nesse tempo específico? […] O ser humano mais íntegro que eu já conheci”, escreveu Zeca, em homenagem emocionada à mãe.
Natural de São Paulo, Cristina Buarque era uma das vozes mais discretas e respeitadas da música brasileira, com forte ligação com o samba e a MPB. Seu primeiro disco, intitulado Cristina, foi lançado em 1974 e trouxe releituras de canções de grandes nomes da música nacional, como Tatuagem, de Chico Buarque e Ruy Guerra; Quantas Lágrimas, de Manacéa; Ao Amanhecer, de Cartola; Isto Eu Não Faço Não, de Tom Jobim; e Comprimido, de Paulinho da Viola.
Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim, Cristina cresceu em uma família profundamente ligada à arte e à cultura brasileira. Era irmã do cantor e compositor Chico Buarque, da também cantora Ana de Hollanda e de Miúcha, falecida em 2018.
A atriz Silvia Buarque, filha de Chico, também se manifestou nas redes sociais. “Para sempre comigo”, escreveu, em uma breve e afetiva homenagem à tia.
Mesmo longe dos holofotes, Cristina Buarque construiu uma carreira sólida e respeitada, marcada por sua dedicação ao samba tradicional e por sua postura discreta, mas firme, na cena musical brasileira.
