A mulher de 32 anos assassinada pelo próprio companheiro, de 33, em Ivinhema, foi atingida por 58 golpes de canivete. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25) pelo delegado Gustavo Oliveira dos Santos, responsável pelo caso. No detalhamento, a perícia identificou 17 perfurações no rosto da vítima, que ficou desconfigurado.
Ainda segundo a atualização, o autor confessou o crime e revelou que o crime foi cometido na noite de domingo (22), na frente dos filhos deles, de um e três anos, enquanto discutiam no veículo por uma festa na qual ela recusou ir. Ao constatar a morte, ele deixou o corpo no meio de um canavial atrás de um posto de combustível abandonado.
O homem carregou o corpo por pelo menos oito quilômetros no canavial. Em seguida, para os filhos, explicou que iria dormir ali, sozinha. Somente então levou as crianças até a casa da avó materna e, em seguida, tentou cometer o suicídio ao se enforcar, mas não obteve êxito, sendo localizado e socorrido até o hospital.
Para o suicídio, o autor pediu uma corda em um sítio da zona rural, alegando que seu carro estaria atolado nas proximidades. Quando conseguiu, ligou para uma pessoa, confessou o crime e disse que iria se matar. Foi essa testemunha que informou a polícia e deu a localização do autor. Depois, amarrou de um lado do veículo e a envolveu em seu pescoço, mas acabou ficando somente desacordado.
O delegado contou também que, ao recuperar a consciência, na terça-feira (24), o autor tentou fugir do hospital desligando os aparelhos e retirando o soro, mas foi impedido pela equipe médica. Por conta do risco de fuga, foi solicitado um mandado de prisão preventiva, cumprido naquele dia.
Ele vai responder pelo crime de feminicídio qualificado por motivo fútil, pelo meio cruel e dificultou a defesa da vítima. O que chama a atenção neste caso é que o autor não tem histórico policial e tão pouco há relatos de violência anterior na relação do casal. Esse foi o 22º feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul.
