Motociclistas que trabalham com entregas em Campo Grande protestaram durante a manhã desta segunda-feira (31) contra os valores pagos pelos aplicativos de delivery e também pelas péssimas condições de trabalho. A ação é parte de um movimento que acontece em todo o País, chamado de “Breque dos Apps”, que prevê a paralisação das atividades até a terça (1º).
Sem apoio dos sindicatos que representam a categoria e com a participação voluntária, somente cerca de 40 motoentregadores se concentraram na Avenida Afonso Pena, próximo ao Círculo Militar, e desfilaram pelo centro da cidade buzinando e informando à população sobre o movimento. Novas manifestações estão previstas para as 19h de hoje, quando a demanda pela contratação do serviço é maior.
Os motoentregadores pedem aumento da taxa mínima de entrega de R$ 6,50 para R$ 10,00; limite de rota de 3 km para entregadores de bicicleta e o reajuste no valor pago por quilômetro percorrido, de R$ 1,50 para R$ 2,50. Além disso, também querem a redução do tempo máximo de espera do cliente de 15 para 10 minutos; fim da coleta dupla e repasse integral das taxas por pedido em casos de rota combinada; e aumento da taxa de espera de R$ 0,10 para R$ 0,20.
A Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa iFood e outros apps de delivery, como 99, Uber e Zé Delivery, disse em nota que respeita o direito de manifestação dos entregadores e “mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores”. Além disso, afirmou que “apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores”.
A mobilização nacional ocorre em quase 60 cidades brasileiras, reunindo entregadores dos principais aplicativos em operação, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. Em Campo Grande, a manifestação conta com o acompanhamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).