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sexta-feira, 22 de novembro, 2024
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MPE colhe depoimentos de 20 envolvidos na Operação Turn Off nos próximos dois dias

O MPE-MS (Ministério Público de MS), dará continuidade ‘internamente’, nesta quinta-feira (30), os encaminhamentos colhidos na ‘rua’ pela Operação Turn Off, deflagrada ontem em cinco municípios de Mato Groso do Sul, principalmente em Campo Grande, envolvendo servidores públicos ‘graduados’ do governo do Estado e empresários em apontado esquema de corrupção, que no mínimo teria R$ 68 milhões retirados dos cofres públicos.

A ‘Turn Off’ ontem, veja abaixo demais matérias, fez executar oito mandados de prisão, com todos suspeito presos. E na Capital, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho, ainda 35 mandados de busca e apreensão foram executados pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), responsável pela investigação, junto com Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Agora, como anunciado pelo MPE-MS, nesta quinta (30) e sexta-feira, 1⁰ de dezembro, serão os depoimentos dos presos e outros envolvidos, não detidos, como o atual secretário-adjunto da Casa Civil e ex-secretário de Saúde de MS, Flávio Brito. O Gecoc e o Gaeco ouvem 20 envolvidos pela Operação Turn Off. A oitiva de Brito está marcada para a tarde desta quinta-feira.

Como o Enfoque MS noticiou ontem, entre os que serão ouvidos, oito foram detidos e já passaram a noite na prisão, como o primeiro detido, atual secretário-adjunto da Educação do Governo do Estado, Edio Castro, levado ao Gaeco. Ele já era adjunto da Educação na gestão passada. Bem como, o ex-superintendente de Comunicação, Thiago Haruo Mishima; a ex-integrante da comissão de licitação, Simone de Oliveira Ramires Castro; a coordenadora de contratos da Secretaria de Educação, Andrea Cristina Souza Lima.

E também presos, o coordenador da CER/APAE, Paulo Henrique Muleta Andrade, e os empresários, Victor Leite de Andrade e o diretor da Maiorca Soluções em Saúde, Sérgio Duarte Coutinho Junior e seu irmão Lucas Coutinho.

Acusações

O MPE-MS via ‘Turn Off’ , em ofensiva do Gecoc e Gaeco, aponta que todos são acusados em mira a uma organização criminosa suspeita de corrupção em contratos que somam R$ 68 milhões pagos pelo poder público.

Eles são acusados de integrar uma organização criminosa voltada para as práticas dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações, contratos públicos e lavagem de dinheiro. “A investigação, conduzida pelo GECOC, constatou a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes”, disse o MPE-MS

“Em resumo, a organização criminosa atua fraudando licitações públicas que possuem como objeto a aquisição de bens e serviços em geral, destacando-se a aquisição de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos”, divulgou o MPE.

Segundo Ministério Público, os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam 68 milhões de reais. Durante os trabalhos, o GECOC valeu-se de provas obtidas na Operação Parasita, deflagrada no dia 7/12/2022, que reforçaram a maneira de agir da organização criminosa.

Nome da Operação

O nome “Turn Off”, traduz-se da língua inglesa como ‘desligar’. Ele foi originado do primeiro grande esquema descoberto na investigação, relativo à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e decorre da ideia de ‘desligar’ (fazer cessar) as atividades ilícitas da organização criminosa investigada.

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